14/11/2025
A expressão “comida de bebé” sempre me fez torcer o nariz.
Não porque esteja “errada", mas porque cria uma ideia que atrapalha mais do que ajuda.
Quando pensamos em “comida de bebé”, parece que o bebé precisa de uma refeição completamente diferente da família: outro tacho, outras receitas, outra logística.
E é aqui que começa o stress, aquela sensação de estar sempre a cozinhar em duplicado (ou triplicado) e, muitas vezes, é também onde começa a seletividade alimentar.
Torço o nariz porque o que o bebé precisa é de alimentos simples e adaptados. Os mesmos que a família já come (ou deveria comer).
É isso que faço todos os dias nos acompanhamentos: descomplicar a alimentação da família inteira, mostrando que o bebé pode (e deve!) participar da refeição familiar desde o início.
E quando a refeição é da família, com pequenas adaptações para textura e segurança, tudo f**a mais simples:
✔ o bebé aprende observando
✔ a família come o mesmo
✔ deixa de haver “menu infantil”
✔ e finalmente ganhamos paz à mesa
Por isso não gosto de “comida de bebé”.
Gosto de comida de família, adaptada, segura e sem dramas. 🍽
Cláudia Marques
Nutricionista Materno-Infantil & Consultora de Lactação (IBCLC)
🤱 Acompanho mães e famílias em nutrição e amamentação — online e presencial em Lisboa.