Clínica Passeio da Estrela

Clínica Passeio da Estrela Clínica de Diagnóstico e Tratamento em Psicogeriatria

Clínica Passeio da Estrela é uma instituição especializada no tratamento de patologias do envelhecimento, nomeadamente doenças do Sistema Nervoso Central. Tem desenvolvido investigação em novas terapêuticas para o declínio da Memória, Doença de Alzheimer, outras Perturbações Cognitivas e Depressão no Idoso. Instituição independente de investigação, diagnóstico, tratamento e formação, com sede em Lisboa, foi criada em 2004, pelo Dr. Pedro Macedo.

Estranha forma de Vida.A dor do outro não me pertence e nem a minha me pertence.Nunca conseguimos compreender o sentir d...
29/11/2025

Estranha forma de Vida.

A dor do outro não me pertence e nem a minha me pertence.

Nunca conseguimos compreender o sentir do outro. Uma paciente narrava, magoada, como sentia que tinha sido maltratada e chorava amargamente por razões que pareciam problemas de lana caprina, mas, quando lhe referiam a desproporção entre o que sentia e o problema em si, insurgia-se, revoltada, contra a falta de empatia. Ela tem razão porque o outro, por maior que seja o conhecimento que tem da pessoa, nunca consegue entender completamente a dor daquela pessoa, que às vezes, nem o próprio a entende. O nosso sentir é complexo porque se constrói de forma subjetiva, com a participação do nosso mundo interno, dos acontecimentos de vida e da relação com os outros. Ter a veleidade de perceber por completo a dor do outro é ainda mais difícil na longevidade porque participam fatores de mudança da perceção, do pensamento e fragilidade da pessoa. Como canta Amália Rodrigues – “coração independente, coração que não comando, vives perdido entre a gente, teimosamente sangrando”.

27/11/2025

Ser incompreendido na Longevidade.

Afinal, porque é que não nos entendemos?

Veja o vídeo completo.

Longevidade é Liberdade. Já não precisa de provar nada a ninguém.Envelhecer é um desafio que pode tornar-se a melhor fas...
22/11/2025

Longevidade é Liberdade.

Já não precisa de provar nada a ninguém.

Envelhecer é um desafio que pode tornar-se a melhor fase da sua vida assim, tenha a sabedoria de compreender e enfrentar esse período tão especial e rico. É de riqueza que falamos, quando se consegue olhar para trás de forma livre e se compreende a vida que tivemos, ou melhor, que levamos porque fomos autores dela. A longevidade pede desapego do controle sobre nós e sobre os nossos desejos, permitindo que possamos finalmente conduzi-la com mais consciência e determinação do que queremos verdadeiramente para nós. Procurar novos reptos demonstra que temos determinação e flexibilidade, mas também aceitação de quem somos e do que queremos. Mas, há quem não queira nada e esses são os que abandonam usufruir de uma fase singular da vida para se entregarem a um vazio letal. Acredite que pode e deve amar, que pode construir e fazer o que não julgava possível. Envelhecer não deve ser um processo cinzento da vida, em que julgamos ter de nos portar como bons velhinhos, confundindo sabedoria com a anulação da criatividade, mas, antes, uma etapa de fruição, sem termos de nos preocupar com o que os outros possam julgar.

Quem sou eu?Conhecermo-nos na Longevidade.Observarmos os nossos pensamentos e comportamentos ajuda a compreendermo-nos n...
20/11/2025

Quem sou eu?

Conhecermo-nos na Longevidade.

Observarmos os nossos pensamentos e comportamentos ajuda a compreendermo-nos no processo de envelhecimento. Quem somos agora? Como temos evoluído como pessoa na longevidade? São perguntas incontornáveis que promovem a capacidade de percebermos o que acontece dentro de nós, com o nosso corpo, com os acontecimentos de vida, com os outros e com a forma como organizamos a nossa vida. Com a idade, podemos desenvolver um fatalismo passivo, em que reduzimos a nossa existência a uma derrota de vida com pensamentos como “não tenho mais tempo”, “já não consigo”, “não sei o que ando cá a fazer”, “a vida não tem sentido”, “sou um fardo”, que temos de contrariar de forma exigente e desenvolver o interesse por estarmos mais atentos a nós e colocar-nos questões sobre nós próprios, que só encontram resposta se mantivermos a vontade de nos entendermos, de ouvirmos os nossos desejos, de sermos capazes de mudar em nós o que não nos agrada ou prejudica num percurso de nos definirmos e nos construirmos. Envelhecer é um processo dinâmico e de mudanças, onde a curiosidade e vontade de viver vão de braço dado e são o remédio contra a cristalização psíquica.

A Agressividade na Doença de Alzheimer.A Agressividade como alteração do pensamento.O estudo das doenças degenerativas q...
15/11/2025

A Agressividade na Doença de Alzheimer.

A Agressividade como alteração do pensamento.

O estudo das doenças degenerativas que comprometem as capacidades cognitivas traz conhecimento sobre o nosso funcionamento sem patologias, a nível do pensamento e reações emocionais, entre outros. Para compreender a agressividade na Doença de Alzheimer e doenças relacionadas, temos que entender as alterações neurobiológicas subjacentes, mas também o que se passa no pensamento da pessoa doente. As alterações de pensamento com confusão, ideias deliróides ou delirantes, pensamentos depressivos, dificuldade em integrar estímulos, sobretudo se não são familiares, dificuldade em reconhecer o outro, originam sentimentos como medo, perda de referências com a sensação de estar perdido, insegurança, e podem traduzir-se em agressividade verbal e física, que é incompreensível para quem está a lidar com o doente. Perceber o que vai na cabeça desta pessoa ajuda a poder perceber a razão da agressividade e conseguir encontrar forma de lidar com as situações críticas, da mesma maneira que também permite compreender parte do nosso funcionamento e da forma como podem surgir em nós reações incompreensíveis. Estas perturbações não fazem parte da personalidade do doente de Alzheimer, mas serem semelhantes, no seu mecanismo, às reações de uma pessoa sem compromisso cognitivo por doença degenerativa.

13/11/2025

O Humor na Longevidade.

Veja o vídeo completo.

A Maturidade Emocional.A Longevidade espelhada nas emoções.A vida emocional de cada um pode seguir vários caminhos, dura...
08/11/2025

A Maturidade Emocional.

A Longevidade espelhada nas emoções.

A vida emocional de cada um pode seguir vários caminhos, durante uma vida longa, e isso espelha-se nas relações interpessoais, que se transformam. Mudamos, mas podemos mudar de forma diferente, dependendo de circunstâncias de vida de cada um e da forma como se organiza o nosso pensamento e o nosso cérebro. Tanto pode representar menos idealização e relações menos apaixonadas, dando lugar a ternura, como pode representar menos flexibilidade na aceitação do outro, sobretudo quando há mudanças nos outros. Amar alguém por décadas é também aprender a odiar partes dessa pessoa, a saber integrar sentimentos opostos vividos de forma mais pacífica. Amor e ódio aprendem a conviver de forma equilibrada, permitindo haver uma maior aceitação do outro como ele é, na sua totalidade. Mas, as emoções podem também seguir outros destinos e agravarem-se traços de personalidade da pessoa ou surgirem manifestações inesperadas resultantes até de alterações do próprio cérebro que conduzem a maior hostilidade.

Amor na Doença de AlzheimerO Cérebro desorganiza-se, mas o Afeto continua.Ser ou não capaz de Amar na Doença de Alzheime...
06/11/2025

Amor na Doença de Alzheimer

O Cérebro desorganiza-se, mas o Afeto continua.

Ser ou não capaz de Amar na Doença de Alzheimer e doenças relacionadas é uma grande questão. Podemo-nos convencer de que as pessoas com estas doenças deixam de ser capazes de amar, mas não estamos certos disso. O amor vai-se modificando progressivamente nas suas manifestações e formas de expressão, mas está lá. Na pessoa com Alzheimer a atrofia do hipocampo e do córtex pré-frontal medial compromete a empatia e a memória afetiva. O paciente pode reconhecer rostos familiares, mas não consegue ligá-los ao que sentia por eles antes, mas sente a sua falta e reage bem a uma aproximação afetiva sensorial, como uma festa, um abraço ou um beijo. A narrativa emocional da vida desfaz-se aos poucos e condiciona por isso uma expressão afetiva descontextualizada do significado relacional. De forma diferente, na Doença Fronto-temporal perde-se o julgamento moral e o controle dos impulsos e o amor é desinibido e inadequado, sem freio na sua expressão, podendo ser cruel. Saber interpretar o amor em função da doença é um dos maiores desafios carregados de humanidade, porque conseguimos, desta forma, chegar à Pessoa.

O Vínculo na Longevidade.A Alma da Longevidade.Envelhecer não é acumular anos, mas manter conexões à existência, a outra...
01/11/2025

O Vínculo na Longevidade.
A Alma da Longevidade.

Envelhecer não é acumular anos, mas manter conexões à existência, a outras pessoas, à natureza, com a própria história pessoal, familiar e social. Vínculos são os laços afetivos, emocionais ou sociais que ligam pessoas, tanto na pessoa em si, como através de elementos, gestos ou hábitos. Ao longo da vida construímos vínculos que perduram ou se perdem, mas que constituem uma teia invisível que nos sustenta com nós próprios, com os outros, com o mundo e com a própria vida. Os vínculos constroem em si propósitos de vida que dão sentido à memória, à história e ao futuro, mantendo-nos com sentido de vida a cada instante da nossa existência e, mesmo quando o outro não está, temos a evocação do seu cheiro, o gosto da carícia e o prazer de ouvir o barulho da sua chegada. Manter e construir vínculos é fazer pela sua saúde.

30/10/2025

Ouvir o Silêncio, Ver o Invisível.
Um Principio de Sabedoria.

Veja o vídeo completo.

O Cérebro Vazio.Porque aderimos às adições e não ao que nos faz pensar?Falamos de sentido de vida e de identidade, da im...
25/10/2025

O Cérebro Vazio.

Porque aderimos às adições e não ao que nos faz pensar?

Falamos de sentido de vida e de identidade, da importância destes fatores na Longevidade, na forma como são fundamentais para a nossa coesão e saúde, tanto física como mental, para o nosso Ser. Mas, na realidade, parece que estamos sempre a fugir disso, porque aderimos com muita mais facilidade ao superficial, de forma que obtemos satisfação permanente com o tempo que ocupamos, por exemplo, no telemóvel, onde maioritariamente não estamos a procurar informação, mas sim a buscar estímulos, estímulos passageiros sem muitas preocupações para além de nos entreterem. Estímulos que se esgotam em si mesmos, passageiros e vazios, que não nos trazem nada, que são mesmo antiestímulo porque não são nada estimulantes. O que não nos faz pensar é mais fácil, mas esvazia-nos, e ao contrário do estômago que dá sinal de fome, o cérebro é aparentemente silencioso nas suas necessidades, mas engana o vazio, a sua fome, com futilidades.

Riscos de Lesão Traumática do Cérebro na Longevidade.O traumatismo cerebral aumenta o risco de Doença Degenerativa.Sempr...
23/10/2025

Riscos de Lesão Traumática do Cérebro na Longevidade.

O traumatismo cerebral aumenta o risco de Doença Degenerativa.

Sempre pairou a dúvida sobre o alcance dos danos causados por traumatismos crânio-encefálicos na eclosão de doenças como a Doença de Alzheimer e doenças relacionadas. Estudo levado a cabo em Ontario, no Canadá, baseado na análise de processos de doentes, que deram entrada nos Serviços de Urgência e foram hospitalizados, trouxe-nos a evidência de que a Lesão Traumática do Cérebro na Longevidade pode ter efeito direto no aparecimento de Doença Degenerativa do Sistema Nervoso Central. Por si só, a lesão traumática é um problema pela dificuldade em ser diagnosticada, mesmo que haja manifestações clínicas, pois os sinais e sintomas de lesão cerebral podem ser relativamente complexos e confundidos com os de outras condições clínicas frequentes no envelhecimento, como por exemplo, infeções urinárias, em que também podem surgir sinais de declínio cognitivo.

Endereço

Rua De Santo António à Estrela, Nº42
Lisbon
1350-293

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Segunda-feira 10:30 - 20:00
Terça-feira 10:30 - 20:00
Quarta-feira 10:30 - 20:00
Quinta-feira 10:30 - 20:00
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