30/10/2025
Recebe-se um positivo e tudo muda a partir dali. Mesmo que se saiba que ainda é muito cedo e que pode não correr bem . Mesmo que se faça um esforço para não ter expectativas!
Com um positivo nasce uma esperança, criam-se histórias, montam-se cenários, surgem mil perguntas e medos.
Seja às 8, 11, 15, 20, 24, 36 semanas ou até logo após o nascimento, a perda gestacional e neonatal dói!
São muitas perdas numa só! Um embrião ou feto que se perde; as histórias de futuro que já não vão acontecer; o sonho de um papel de mãe e pai roubado pouco depois de acontecer; as crenças de que algo que parece tão fácil e normal poder não ser; a mulher nova que nasce e que não vai mais viver futuras gravidezes (se as tiver) da mesma forma,... No fundo perde -se tudo aquilo que a partir daquele positivo começou, não só dentro da mulher, como também, no coração e mente da mãe, do pai e da família.
Por isso, dizer que é normal pode não ajudar, dizer que ao menos a mulher sabe que é fértil muito menos, e muitas outras coisas que tais. Dar espaço para esta dor, reconhecendo a perda e a tristeza que dela vem pode ser suficiente. Mais do que mil palavras, vale o aconchego de um abraço e a validação de todas essas perdas. Lembrando que aquele bebé, com poucas ou muitas semanas, existiu e existirá sempre!
Pela consciencialização da perda gestacional e neonatal, assinalada a 15 de outubro 🤍
**to