PsiLoures

03/07/2023

07/04/2023

Documentário “António Coimbra de Matos: O Olhar Nos Outros”. Pode ser visto na RTP Play

04/04/2023

O amor é confuso. E, por mais que não tenhamos olhos para mais ninguém que não seja para quem amamos - porque estamos, invariavelmente, atentos, e porque somos (sempre) intuitivos e sensíveis - amar não representa nunca um voto de castidade para com a beleza e para com a vida. Daí que o amor ligue passado e presente, ligue memória, fantasia e outros amores. Por outras palavras, uma história de amor acaba sempre numa encruzilhada de histórias. E, por isso, muitas vezes contra a nossa vontade, liga pessoas. Liga memórias. Liga dores e omissões. E liga o que liga com aquilo que desliga. Na verdade, o amor não serve para se viver no singular. Porque liga nomes e cheiros. Liga lugares. Liga sons. E pormenores. Sobretudo se forem mínimos, insignificantes ou, mesmo, fugazes. Ou, até, os mais invisíveis. E liga-nos a quem, de tanto lhe fugirmos, mais presos nos torna a si.

Talvez só o amor nos torne indivisíveis. E, teimosamente, só quando dividimos o amor ele se multiplique. Muito para além das cavidades do nosso coração.

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