Psicólogo- Rui Ribeiro

Psicólogo- Rui Ribeiro Psicologia Clínica
Luto e Perda
Toxicodependências
Adolescência
S**ologia

17/11/2025

Liderar pelo exemplo.

No programa “Vencidos”, de Luís Osório, Luís Portela (BIAL) deixou uma reflexão que merece ser sublinhada:

“Prefiro contratar pessoas de carácter. A parte técnica aprende-se; o carácter não.”

Sempre valorizei a qualidade humana. Pessoas boas. Durante muitos anos, fiz questão de conduzir as entrevistas finais — desde administradores e diretores até responsáveis de produção ou colaboradores.

Fi-lo por duas razões essenciais: conhecer verdadeiramente cada pessoa e garantir que contratávamos carácter, não apenas competência técnica. Eu queria pessoas tecnicamente competentes, mas acima de tudo pessoas boas.

Pessoas boas podem não estar totalmente preparadas, mas evoluem e chegam lá. Já quem é tecnicamente brilhante mas tem mau carácter traz conflitos, problemas e, muitas vezes, dores de cabeça que acabam por ir connosco para casa no final do dia.

Esta sempre foi a minha convicção: equipas sólidas começam nas pessoas — e no seu carácter.
Uma visão clara e inspiradora. Liderar pelo exemplo.

Partilho o artigo da colega Marta Crawford, na revista Saúda. Um tema muito importante, que também é abordado por mim em...
11/11/2025

Partilho o artigo da colega Marta Crawford, na revista Saúda.
Um tema muito importante, que também é abordado por mim em palestras.

O prazer não tem idade. Descubra como viver a sexualidade de forma plena e saudável na maturidade. Entenda as mudanças físicas e emocionais do envelhecimento,...

Hoje, no II Encontro de Boas Práticas de Promoção de Envelhecimento Ativo e Saudável, em Esposende, num dos painéis, lev...
07/11/2025

Hoje, no II Encontro de Boas Práticas de Promoção de Envelhecimento Ativo e Saudável, em Esposende, num dos painéis, levou-me a pensar sobre um assunto:

A velhice constrói-se agora

Cuide do seu “eu futuro” como cuidaria de um amigo querido.
A velhice não começa aos 65 anos — começa hoje, nas escolhas que faz, na forma como trata o corpo, a mente e os afectos.
O plano prático é um plano de vida.
Envelhecer bem é planear com ternura e lucidez.
Não pense apenas em poupar dinheiro — pense no lugar onde quer viver, no jardim que quer cuidar, nas histórias que ainda quer contar.
Pergunte a si mesmo:
• Onde quero viver — e com quem?
• O que me dá prazer e propósito?
• O que já não quero permitir que me roube a paz?
Definir limites é também um acto de amor-próprio.

Testamento vital e herança são actos psicológicos
Organizar o fim é, na verdade, um gesto de vida.
É garantir que aquilo que construiu — valores, afectos, desejos — será respeitado.
É deixar não apenas bens, mas serenidade.

Envelhecer com dignidade é uma escolha diária.
É um projecto de consciência, cuidado e coragem.
Não acontece de repente — constrói-se agora.


Com o falecimento de um familiar, levei a refletir não só sobre quem vive o luto, mas também sobre os funcionários da fu...
06/11/2025

Com o falecimento de um familiar, levei a refletir não só sobre quem vive o luto, mas também sobre os funcionários da funerária que vivem este drama todos os dias. Esta experiência mostrou-me, de forma muito clara, que enquanto as famílias têm o espaço e o tempo para processar a sua dor, estes profissionais enfrentam uma onda contínua de sofrimento alheio. A sua carga é única: são testemunhas silenciosas e constantes do momento mais difícil na vida de uma pessoa.

Esta exposição repetida à dor e à morte exige uma gestão emocional que vai muito além da simples "profissionalidade". É uma competência crítica para a sua própria sobrevivência psicológica.

Quando a fronteira entre a compaixão e a absorção da dor se desvanece, as consequências são tangíveis:

· Desgaste e Exaustão Profunda: O esforço constante para se mostrar sereno e controlado, enquanto processa internamente emoções intensas, é um trabalho que consome toda a energia.
· Dificuldades de Ligação: O instinto de se proteger pode levá-lo a construir uma barreira emocional. No entanto, esta pode torná-lo distante não só no trabalho, mas também na sua vida pessoal.
· Erros no Serviço: A fadiga emocional compromete a concentração e o discernimento, o que pode levar a erros num serviço que exige precisão e sensibilidade.
· Saúde em Declínio: O stresse crónico tem um impacto direto no bem-estar físico e mental, debilitando o sistema imunitário e a saúde psicológica.

Como construir uma barreira de proteção saudável:

A resiliência não é um traço de personalidade, mas sim uma competência que se cultiva. Eis alguns pilares fundamentais:

1. Reconheça e Valide os seus Sentimentos. A primeira regra é não lutar contra o que sente. A tristeza, o peso ou a impotência são respostas humanas e normais. Aceitá-las é o primeiro passo para as gerir.
2. Procure um Ponto de Apoio. Falar com um colega de confiança ou um supervisor que compreenda a natureza do seu trabalho é fundamental. A partilha alivia a pressão interior e valida a sua experiência.
3. Reencontre o Sentido da sua Missão. Nos dias mais difíceis, lembre-se do propósito do seu trabalho: oferecer dignidade, respeito e um porto seguro às famílias num momento de caos. Este sentido protege-o do cinismo.
4. Estabeleça Pausas de Forma Intencional. Não espere pelo limite. Incumba-se de fazer pausas curtas e regulares para respirar, beber água e desligar por alguns momentos.
5. Veja a Terapia como um Recurso Estratégico. A terapia não é um último recurso; é um espaço de manutenção e fortalecimento. Um psicólogo pode fornecer-lhe ferramentas específicas para processar o stresse acumulado e proteger a sua saúde mental.

Uma Reflexão Final:

A experiência pessoal do luto ensina-nos que a dor precisa de testemunhas. Os profissionais funerários são essas testemunhas, vezes sem conta. A sua força não está em ser insensível, mas na coragem de se manterem presentes perante a dor, dia após dia. Cuidar de si mesmo não é um acto de egoísmo; é a condição essencial para que possa continuar a ser a pessoa sólida e compassiva que as famílias precisam que seja no pior dia das suas vidas. A sua humanidade é o seu maior recurso – preserve-a.

29/10/2025

Atividades extra escolares

🕰️ Em 2005 escrevi um pequeno guia para pais, onde um dos temas era sobre as actividades extraescolares. Nessa altura, j...
29/10/2025

🕰️ Em 2005 escrevi um pequeno guia para pais, onde um dos temas era sobre as actividades extraescolares. Nessa altura, já dizia que não deviam ser em demasia.

Hoje, muitas crianças têm agendas cheias — inglês, futebol, música,natação,Karate… e pouco tempo para brincar, descansar ou simplesmente não fazer nada.

As actividades são importantes, claro. Ajudam no desenvolvimento físico, emocional e social. Mas o equilíbrio continua a ser essencial. A criança precisa de tempo livre, de espaço para imaginar e de momentos tranquilos em família.

💡 Menos agenda, mais infância.

🧠 Alerta aos pais e educadoresTem vindo a verificar-se um aumento de comportamentos de autolesão entre adolescentes e jo...
08/10/2025

🧠 Alerta aos pais e educadores

Tem vindo a verificar-se um aumento de comportamentos de autolesão entre adolescentes e jovens adultos. Estes comportamentos podem ser uma forma de expressar dor emocional, dificuldade em lidar com o stress ou sentimento de vazio.

É fundamental estar atento a sinais de alerta, como:

Uso frequente de roupa que cobre demasiado o corpo, mesmo em dias de muito calor (mangas compridas, calças largas, etc.);

Evitar actividades que impliquem mostrar o corpo (ir à praia, vestir-se em grupo, educação física, etc.);

Mudanças repentinas de humor, isolamento ou irritabilidade.

Em alguns casos, as lesões podem estar localizadas em zonas cobertas pela roupa interior. É importante que os pais, com respeito e sensibilidade, estejam atentos a essa possibilidade.

Se existirem sinais de autolesão, procure apoio psicológico o mais cedo possível.

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Lena d’Água - becoEm entrevista a Daniel Oliveira, Lena d’Água falou com coragem sobre a sua luta contra a dependência. ...
05/10/2025

Lena d’Água - beco

Em entrevista a Daniel Oliveira, Lena d’Água falou com coragem sobre a sua luta contra a dependência. “Fumei o meu apartamento”, confessou — uma metáfora dura e real sobre até onde a adição pode levar. Vendeu a casa para financiar o vício, mas encontrou forças para recomeçar.

A recuperação não foi apenas física: foi um processo de reconstrução emocional e identitária. Limpou-se a tempo de acompanhar o pai na doença e, mais tarde, cuidou da mãe, mostrando que o amor pode ser um poderoso fator de resiliência.

Sobre a he***na, descreve a solidão do vício — “és tu e o dealer” —, uma expressão que traduz o isolamento psicológico e a perda de ligação com o mundo. Reconhece que o corte pode acontecer “de um dia para o outro”, mas lembra que a recuperação emocional exige tempo, paciência e trabalho interno. As dores físicas passam em dias; as feridas da alma, só com autocompaixão e reconstrução do sentido de vida.

Fez desintoxicação no Estado, em Coimbra, sem esconder a sua condição, partilhando o espaço com outros que também procuravam libertar-se. A família foi o seu sistema de apoio emocional, fundamental para a recuperação.

O seu conselho a quem vive de perto a dependência é profundamente humano: “Continuar a amar. E não dar dinheiro.” Uma frase que reflete o equilíbrio entre o afeto e a responsabilidade — amor sem conivência, apoio sem facilitação. Eu acrescentaria nunca experimentar, a He***na não se chama assim só porque sim, ela é poderosa.

Hoje, Lena d’Água assume o seu passado sem vergonha.

***na **as

Era de noite, lembro-me bem como se fosse agora e aquiO frio cortava como navalha e a malta muda e sem se mexercomo as pedras da calçadaTinhamos vindo ainda ...

Em pleno século XXI, os dados da Ordem dos Psicólogos Portugueses mostram que muito ainda há a fazer no que respeita à s...
29/09/2025

Em pleno século XXI, os dados da Ordem dos Psicólogos Portugueses mostram que muito ainda há a fazer no que respeita à sexualidade e à saúde sexual.

🔸 1 em cada 7 mulheres e 1 em cada 25 homens já foi vítima de violência sexual em Portugal.
🔸 Cerca de 50% da população apresenta baixos níveis de satisfação com a vida sexual.
🔸 30% dos homens e 40% das mulheres experienciam algum tipo de disfunção sexual.

A violência sexual é uma realidade que não pode ser ignorada. Existem duas regras invioláveis na sexualidade:
❌ Nunca com crianças.
❌ Nunca sem o consentimento do outro.

A promoção da saúde sexual é um direito humano e uma prioridade de saúde pública. Investir nela significa mais bem-estar, mais igualdade e mais justiça social.

👉 Está na hora de falar mais sobre s**o, sexualidade e saúde sexual.

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O luto é para ser vivido, caso contrário torna-se adoecido.Hoje, num corredor de hospital, ouvi uma mãe dizer às filhas ...
24/09/2025

O luto é para ser vivido, caso contrário torna-se adoecido.

Hoje, num corredor de hospital, ouvi uma mãe dizer às filhas para não chorarem. Penso que se preparavam para visitar um familiar que estaria gravemente doente ou em fase terminal. Contudo, se existe um lugar onde o choro faz sentido, é precisamente em situações como esta.

Cada vez mais, as pessoas deixam de expressar as suas emoções, muitas vezes por pressão familiar ou social. Mas viver o luto é aceitar a dor, permitir que as lágrimas caiam, dar espaço à saudade. É esse processo que transforma a ferida em cicatriz — uma cicatriz que conta uma história, em vez de uma ferida aberta que continua a sangrar.

"As pessoas só te podem guiar por caminhos que já percorreram."Cada vez mais, vejo na Internet pessoas a vender fórmulas...
20/09/2025

"As pessoas só te podem guiar por caminhos que já percorreram."

Cada vez mais, vejo na Internet pessoas a vender fórmulas mágicas para enriquecer, exibindo casas e carros emprestados como se fossem deles.

Mas como alguém que nunca trilhou verdadeiramente esse caminho pode ensinar-te a chegar lá?

A ostentação pode impressionar por um momento, mas não constrói alicerces.

O verdadeiro guia não mostra apenas a aparência do sucesso — partilha as pegadas, os tropeços e as lições da jornada que percorreu.

Faz Sentido?
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O título do artigo apresenta uma visão simplista e sensacionalista de uma realidade clínica complexa. A contenção física...
25/07/2025

O título do artigo apresenta uma visão simplista e sensacionalista de uma realidade clínica complexa. A contenção física, quando usada, deve sempre respeitar critérios técnicos e éticos, sendo uma medida de último recurso para proteger a segurança da pessoa e dos outros.

Em muitos casos, lidamos com quadros demenciais que comprometem a perceção do risco e aumentam a agitação ou desorientação. A Psicologia reconhece que o bem-estar da pessoa passa também pela prevenção de situações perigosas.

Em vez de alimentar juízos apressados, seria mais útil promover o debate informado, exigir melhores condições nas instituições e valorizar o trabalho das equipas que, apesar de todas as limitações, procuram cuidar com dignidade e humanidade.

Endereço

Maia
4475-003MAIA

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