05/11/2025
A minha jornada com hipertensão pulmonar começou em 2009. Na Bulgária, fui diagnosticada em apenas uma semana — um raro golpe de sorte num sistema de saúde geralmente lento. Os primeiros dois anos foram incrivelmente desafiantes. O tratamento era caro e, na maioria das vezes, inacessível, e tive de o pagar do meu próprio bolso. Estava determinado a não deixar que a doença me derrotasse.
Em 2011, houve um avanço: o Fundo Nacional de Seguro de Saúde começou a reembolsar dois medicamentos essenciais para pacientes com HP. Foi um passo importante, mas não o fim da luta. Com o tempo, a minha terapia dupla deixou de ser eficaz. Os médicos recomendaram um terceiro medicamento importante — que ainda não está aprovado na Bulgária.
Recusei-me a desistir. Encontrei uma forma de aceder a este medicamento na Grécia, ligando-me ao próximo passo que salvou a minha vida: um transplante duplo de pulmão bem-sucedido, realizado em Viena em março de 2016.
Hoje, sou um produto de três sistemas de saúde - búlgaro, grego e austríaco. Graças a esta jornada, consigo viver uma vida normal, totalmente integrada no mercado de trabalho, e ajudar outros pacientes para que não tenham que percorrer este caminho sozinhos.
Com o tempo, tornei-me uma "girafa sábia", observando de cima, mas conhecendo o custo de cada batalha com o sistema de saúde e as dificuldades quando o acesso ao tratamento é limitado. A mudança é possível quando nos recusamos a desistir e construímos pontes, não muros. O acesso noutros países salvou-me quando o tratamento não era aprovado no meu estado.