31/12/2024
Se tivesse de dar um nome a 2024, seria Despedida.
Este ano foi o ano mais arrebatador de toda a minha vida. Exigiu de mim uma força que não sabia que existia dentro de mim, um jogo de cintura que nem a melhor gisnasta ou bailarina costuma conseguir ter.
Despedimo-nos da nossa a vida a dois. Passamos a ter de saber ser três. Deixámos de ser apenas filhos para nos tornarmos pais e demos início à nossa própria família.
Perdi a matriarca da minha família, a minha bisavó, a mãezinha ❤️ vi o meu avô f**ar sem mãe.
Perdi a mulher da minha vida, a minha avó, a pessoa que mais vive em mim. Vi o meu avô f**ar viúvo e a minha mãe perder a sua mãe. E metade do meu coração partiu com a mulher que mais me amou nesta vida.
Despedimo-nos da grande companheira canina que me ensinou a amar animais, que viveu no meu colo durante 2 anos.
Larguei a carreira com a qual sonhei e que construí nos últimos 10 anos. Falhei com os meus clientes. Assumi isso. Paguei o preço, mesmo não sendo por desleixe nem vontade própria a minha falha.
Assumi o meu trabalho a tempo inteiro na clínica, onde eu e a minha bebé temos trabalhado juntas, coisa que não seria possível no meu trabalho como Astróloga.
Priorizei a família. A minha sanidade mental.
Estou a aprender a ser mãe. Mulher do pai da minha filha. A ser alimento, casa, colo de uma pessoa que depende inteiramente de mim.
Então, quando me perguntam como me sinto... só tenho uma resposta: estranha. A (re)conhecer-me, a aprender a caminhar nesta nova pele, a aprender a amar-me nesta nova versão, a reedif**ar-me. Em processo de luto de todas estas mortes e transformações. E grata à vida por me trazer este amor maior, a minha Helena e o seu pai, o meu amor, o Gonçalo.
Viva às oportunidades de crescer, de recomeçar e de ter fé e confiança na vida.
2025, sê suave!