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06/02/2017

Durante o mês de fevereiro

Hospital de S. Camilo cede 15 camas hospitalares

Ao Centro Hospitalar do Algarve

A iniciativa visa descongestionar serviços hospitalares do CHA e nomeadamente do Hospital do Barlavento, onde ultimamente se tem registado um excecional afluxo de doentes.

O Centro Hospitalar do Algarve (CHA) dispõe, durante este mês, de 15 camas hospitalares de retaguarda no Hospital de S. Camilo, em Portimão, entidade com quem celebrou, há dias, um contrato de prestação de serviços para cedência daquele número de camas para doentes em convalescença.
Esta iniciativa, justif**ada pelo grande afluxo de doentes nomeadamente ao Hospital do Barlavento, naquela cidade, com elevado índice de internamentos, vai permitir, entre outros fatores, o descongestionamento de alguns serviços nesta unidade e a consequente melhoria na gestão das camas hospitalares.
A medida garante, por outro lado, a continuação de um bom acompanhamento clínico aos utentes pelos profissionais daquela unidade hospitalar ligada à Santa Casa da Misericórdia de Portimão, numa gestão partilhada com o Grupo Hospital Particular do Algarve.
Através do acordo celebrado com o CHA, o Hospital de São Camilo assume a sua disponibilidade para integrar as respostas do sistema nacional de saúde na região do barlavento algarvio, assegurando diversif**ados serviços médicos com a responsabilidade que lhe advém da experiência de séculos na área hospitalar.

Recorde-se que que a Santa Casa da Misericórdia de Portimão iniciou há mais de 450 anos a sua missão assistencial e, ao longo dos séculos, soube sempre encontrar e dar resposta às solicitações que lhe eram dirigidas.
Ao longo dos séculos, a Santa Casa e o seu Hospital ocuparam várias instalações na cidade, tendo o atual edifício do hospital da Misericórdia, denominado S. Camilo, sido inaugurado em 1973.
Depois do período em que integrou o SNS, sob a designação de Hospital Distrital de Portimão, e da devolução à SCMP, este equipamento, propriedade desta instituição, tem hoje uma gestão partilhada entre serviços da própria Misericórdia, com destaque para as unidades de cuidados continuados integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, e serviços de atendimento permanente, consulta externa, internamento hospitalar e bloco operatório, geridos por sociedade maioritariamente detida pela SCMP, em parceria com o mais importante grupo privado de saúde do sul do país, Grupo Hospital Particular do Algarve.
O Hospital de São Camilo alia, assim, os atributos de equipamento social, com valores que são inerentes à própria natureza das Misericórdias, à qualidade de serviço e quadro médico associados a um grande grupo privado.

17/01/2017

Proteção Civil de Portimão e Lagoa
atentas à onda de frio

O Serviço Municipal de Proteção Civil de Portimão elaborou um plano de prevenção este período de previsão de tempo gélido, dirigido aos sem-abrigo e aos cidadãos desfavorecidos que vivam em condições sociais de extrema pobreza. De acordo com uma fonte ligada a uma instituição integrante da Proteção Civil, “têm sido contactadas diversas instituições para cedência de cobertores e agasalhos e aquilatada a sua disponibilidade para cedência de alimentos quentes durante a noite e se houver necessidade das mesmas”.
Segundo essa mesma fonte, “ao contrário do que se possa pensar, em Portimão há muitos sem-abrigo e ou pessoas que vivem em condições difíceis, com carência do mínimo de conforto”. Essas pessoas são sobretudo toxicodependentes, doentes mentais e alcoólicos e “estão monitorizados pelos serviços competentes”.
O facto de não serem vistos a dormir na rua, que é habitual aos considerados sem-abrigo, “há muitas pessoas que vivem em casas abandonadas e degradadas, onde as condições de higiene e aquecimento é inexistente”.
Entretanto, também a Proteção Civil de Lagoa está atenta à situação e de acordo com Victor Rio Alves, Comandante Operacional Municipal, durante a noite serão efetuadas rondas a locais onde habitualmente são detetados sem-abrigo ou pessoas com dificuldades. Segundo o responsável, “nas instalações da antiga Fábrica Portugal, ma Mexilhoeira da Carregação, vivem algumas pessoas naquelas condições, sobretudo toxicodependentes, e são seguidos pelos serviços de assistência social”. T.M.

16/01/2017
07/01/2017

Enfermeira Fátima: entrega e dedicação ao Hospital Velho

No Hospital Velho da Misericórdia - que funcionou até 1973 no edifício onde hoje está o Lar Diogo Gonçalves, do Centro de Apoio a Idosos, junto à Igreja do Colégio e era gerido pela Santa Casa – trabalhou, durante anos, como enfermeira, Fátima Martins. “Foi sempre uma profissional dedicada, que gostava do que fazia”, dizem colegas que com ela trabalharam e estão hoje reformados.
Brito da Mana, cirurgião que ali prestou serviço e é um dos poucos médicos vivos dos que pertenceram ao quadro clínico daquela unidade hospitalar, recorda com saudade e respeito o desempenho daquela enfermeira. “ Uma certa altura, porque havia necessidade, dispôs-se a trabalhar no hospital sem dias de descanso. Apenas pediu para que a deixassem ir a casa, uma ou duas horas, para poder tratar da mãe, que passava menos bem” – diz o profissional.
Recorde-se que naquela época, o Hospital da Misericórdia de Portimão vivia com algumas dificuldades, que eram comuns, aliás, aos seus congéneres em todo o país. E as contingências sentidas tinham muitas vezes de superar-se com “a entrega, dedicação e boa vontade dos seus profissionais”.
Ainda de acordo com o testemunho de Brito da Mana, “a enfermeira Fátima andou naquilo dois ou mais meses”. “E manteve sempre a boa disposição e a forma carinhosa e profissional de tratar os doentes”, salienta Brito da Mana.
Saliente-se, no contexto, que além deste médico, estão ainda vivos Pires Cabral, que integrou como cardiologista aquele hospital em 1972 e Albano Tomé, radiologista que, não integrando os chamados médicos residentes, encarregava-se de todos os exames radiológicos do hospital.
Fátima Martins, hoje reformada, conforme se referiu, continua uma mulher altruísta e solidária. Faz voluntariado na Caritas Paroquial e continua a dedicar-se a quem mais precisa. Quando sondada para falar sobre o seu passado no Hospital Velho da Misericórdia, diz apenas que “não quer entrevistas, nem jornais”.
Fátima Martins é uma pessoa humilde e reservada e, na sua maneira de ser, não quer nem reclama elogios. Não obstante o seu direito de reserva, aqui f**a, como exemplo, apenas um trecho da sua preenchida vida como profissional de enfermagem. Que dirá bem de uma forma de ‘sacerdócio’ como antigamente se levava a profissão. E seguia, sem dúvida, o espírito social e de solidariedade que norteava e norteia a Santa Casa da Misericórdia de Portimão. T.M.

Legenda da foto
Brito da Mana, à porta da antiga enfermaria Dr. Ernesto Cabrita, médico que no final do século XIX e princípios do XX, prestou ser viço no Hospital Velho. Nessa enfermaria empenhou-se, com o seu trabalho, Fátima Martins

26/12/2016

Número 0 do jornal da SCMP

23/12/2016

Nasceu o jornal da Santa Casa da Misericórdia de Portimão, "Coração".
Com uma tiragem de 3000 exemplares, a publicação pretende dar a conhecer melhor o trabalho desta instituição, os seus projectos e o seu passado. Esta iniciativa da SCMP abre espaço ainda para a actualidade, histórias e personalidades da vida portimonense.
Agradecemos a todos os que colaboraram e apoiaram, com o seu trabalho ou o donativo, esta publicação.

31/10/2016

Unidade de Cuidados Continuados Integrados visa a Reabilitação, Readaptação e Reintegração de doentes

A partir de 2004, foi instituída e posta a funcionar no país a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, que a Santa Casa da Misericórdia de Portimão integra desde o início, sendo aliás a pioneira no Algarve e uma das primeiras a nível nacional. Mas afinal o que são estas unidades?
O cidadão menos avisado, poderá pensar e dizer, entre outras ideias, que são estabelecimentos onde são internados doentes em fase terminal da doença ou com situações clínicas graves e de prognóstico reservado. Porém, estas ideias não correspondem à verdade, porquanto as referidas unidades destinam-se a reabilitar, readaptar e reintegrar doentes com problemas de saúde dos mais variados foros, nomeadamente os neurológico, ortopédico, respiratório, infecioso, outros, pele e tecido subcutâneo e por fim os doentes com demência, que antes passaram e estiveram em tratamento em hospital de agudos ou outros estabelecimentos.
Tendo em atenção que esses doentes ocupavam as camas hospitalares durante muito tempo, ultrapassando, devido à morosidade no tratamento que as suas doenças exigia, os dias apontados como razoáveis na gestão daquelas referidas camas, foi decidido pelo governo de então, a criação de unidades específ**as de saúde, em que continuavam com os cuidados aconselhados à sua situação.
Assim, os objetivos impostos a uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados, nas suas vertentes Unidade de Convalescença, Unidade de Média Duração e Longa Duração, são, no âmbito da reabilitação, “melhorar a funcionalidade do doente e diminuir a sua dependência”, na readaptação “contribuir para a promoção do auto cuidado”, visando “a melhor qualidade de vida no quadro das limitações de correntes da doença e, por fim, a reintegração que permite a “inserção do doente no seu lar, residência de familiares e ou lar público ou privado”.
No caso concreto da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Portimão, a funcionar no edifício do Hospital de S. Camilo e onde antes esteve instalado o Hospital Distrital, “os objetivos terapêuticos têm sido atingidos”, conforme referiu João Francisco Amado, responsável da Área de Saúde daquela instituição, traduzindo-se essa realidade “em taxas de sucesso muito positivas, nos mais diversos critérios de análise”.

29/10/2016

Foram transcritos em documentos

Dois ‘milagres’ na história da Santa Casa da Misericórdia de Portimão

Uma história de cinco séculos, quantos já tem a Santa Casa da Misericórdia de Portimão – constituída entre os anos de 1519 e 1543 - , tem, naturalmente, factos curiosos, que a enriquecem e traduzem, por outro lado, a forma de pensar e estar dos cidadãos da época. Dois desses episódios, referidos no livro “A misericórdia velha de Portimão e o seu Hospital”, escrito por Francisco Carrapiço e Jaime Palhinha, ocorridos em 1588 e 1702, foram considerados milagres e como tal descritos, na altura, em documentos que f**aram no tombo velho da Misericórdia.
O primeiro ‘milagre’, que marcou profundamente quem o testemunhou e dele fez registo, em documento encontrado no referido Tombo velho e citado em 1734 por António Oliveira Azevedo, Prior de Vila Nova de Portimão, aconteceu na sexta-feira da Paixão de 1588.
Nessa data, uma deputação, de boa vontade, da Misericórdia, liderada pelo seu Provedor João Alvez Sovreira, fazendo-se acompanhar por alguns irmãos da Mesa, deslocou-se a casa do cidadão Thome Gonçalvez, por este “estar em ódio” com Diogo Thome e seus filhos, que “por sua grande afronta que lhe haviam feito sobre cobrar sua renda dos lagares desta vila, em que o trataram muito mal e ele os acusava rijamente por aquela querela”.
Os membros da Irmandade levaram consigo o Crucifixo do Altar e as tochas da confraria acesas. Na casa de Thome Goncalves, encontraram-no acompanhado da esposa Catharina Gomes e, na presença do referido Diogo Thome e filhos, os irmãos pediram-lhe “que por as Chagas de Nosso Senhor quisesse perdoar aos delinquentes”.
Thome Gonçalvez e sua mulher negaram o perdão e aquele “jurou por aquele Christo que ante seus olhos tinha lhe não havia de perdoar”. Perante tal decisão, “o senhor Provedor e mais irmãos nos pusemos todos de joelhos chorando com muitas lágrimas e brados, que perdoasse por amor daquele Senhor” – refere o documento.
Mas nem assim Thome e a mulher Catharina cederam. Nessa altura, segundo a fonte, “se despregou o Christo da Cruz e lhe caiu sobre o rosto e peito”. O irredutível litigante, perante o que acabara de ver, disse “que lhe perdoava livremente, como logo perdoou e os abraçou”. Como penitência, Thome Gonçalvez foi à Misericórdia “pedir perdão ao Senhor Provedor e mais irmãos pelo endurecimento que naquela hora tivera” e “deixou uma esmola pela cera gasta”.
O outro acontecimento “milagroso” ocorreu, conforme já referido em 1702, em novembro e consta do documento daquele referido Prior. De acordo com este manuscrito, encontrava-se ancorado no porto de Vila Nova de Portimão um navio estrangeiro e devido ao derrame de alcatrão que estava a ferver numa panela a bordo, “se queimaram com elle algumas pessoas do navio, principalmente um holandez, que diziam os mais ser do Certão”.
Este marinheiro “por piedade Christam”, foi trazido para terra e levado à Santa Casa. Com o auxílio de intérpretes, João Bequer, alemão e Isabel Vidal, flamenga e “mais algumas pessoas para ver se o podiam reduzir e aceitar a nossa Santa Fé e abjurar a sua herezia; o que com efeito se conseguiu”, tendo então sido batizado.
Foi nessa ocasião, segundo o documento, que o holandês começou a responder em português a todas as instâncias e no nosso idioma “repetia os asseitos que lhe ensinavam naquela hora a dizer a Nosso Senhor”.
Faleceu em 22 de novembro, indo a sepultar, “com grande p***a e acompanhamento” e com o cortejo a passar por várias ruas, “na matriz desta villa na Capela de Gaspar de Athaíde e Sarre aos 30 do mesmo”.
O facto de o marinheiro ter começado a falar português constituiu para os presentes uma situação milagrosa, desconhecendo eles que o holandês era oriundo do Sertão, no Brasil, região no nordeste daquele país que foi ocupada pelos holandeses no século XVII e ali deixaram vincada a sua presença.
No que toca ao evento do crucifixo, tal não teria passado de uma coincidência. No entanto, as pessoas daquela época eram místicas e tementes a Deus, pelo que o episódio foi logo tomado por milagre.

19/10/2016

Desempenho positivo na Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa

Cerca de metade dos doentes recebeu alta
e foi encaminhada para o domicílio

Os números de 2015 referentes ao internamento nas Unidades de Convalescença e Média Duração revelam, por outro lado, uma diminuição “drástica” nos óbitos em relação a anos anteriores

A maioria dos utentes da Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) da Santa Casa da Misericórdia de Portimão (SCMP), 93 por cento, foi encaminhada, no ano transato, a partir do hospital de agudos. Dos restantes, 5,94 por cento foram mandados pelo Centro de Saúde e 1,06 de unidades de convalescença. Segundo explicou João Francisco Amado, responsável pela Área de Saúde daquela instituição de Solidariedade Social, “a preponderância do hospital de agudos no número de diárias contratadas à nossa UCCI, com particular incidência à Unidade de Convalescença, justif**a-se plenamente dado às caraterísticas e às atribuições específ**as que nos são conferidas no âmbito da reabilitação dos doentes”.
Dos utentes internados, a maior percentagem é do foro neurológico, seguindo-se-lhe a do ortopédico, respiratório, infecioso, outros, pele e tecido subcutâneo e por fim os doentes com demência.
Naquele mesmo ano e de acordo com aquele responsável, “foram contratadas à UCCI da SCMP 15327 diárias de um total das 16447 contratualizadas com a Administração Regional de Saúde do Algarve e Segurança Social”. Estes números, na opinião de João Francisco Amado, “são muito positivos, revelando a eficácia terapêutica e uma boa aceitação do serviço que prestamos”.
A taxa de ocupação de 97 porcento registada, “acima da percentagem de 85, que define a alteração da forma de pagamento das unidades de cuidados continuados” é, para o responsável, uma constatação “que resulta benef**amente para a instituição”, porque, permitindo “uma gestão segura e avisada em termos financeiros” é, por outro lado, “certeza de que os objetivos e desafios a que nos propusemos têm sido superados”.
Recorde-se que a Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Portimão foi criada em 2004, uma iniciativa pioneira no Algarve e uma das primeiras no país. Instalada no segundo andar do edifício onde funcionou o antigo Hospital Distrital e hoje está o Hospital S. Camilo, gerido numa parceria entre aquela instituição de solidariedade social e o Hospital Particular do Algarve, a UCCI integra a Unidade de Convalescença, para doentes com internamento de recuperação até 30 dias (com 19 camas) e a Unidade de Média Duração, com internamento até aos 90 dias (26 camas).
Dos utentes internados para recuperação em 2015, 43,98 por cento saíram para o domicílio, 38,43 para a Unidade de Média Duração, 2,31 para lares, para cuidados paliativos 0,93 por cento, unidades de longa duração 2,78 e por agudização, agravamento da sua situação clínica e consequente transferência para hospital diferenciado, 7,41 por cento.
De realçar que o número de óbitos registou 0,46 por cento dos utentes internados, uma baixa signif**ativa em relação aos números de anos anteriores que foram 12, 83 por cento em 2014, 9,50 em 2013 e 14,90 em 2012. Estas flutuações traduzem, principalmente, o maior ou menor acerto das transferências efetuadas para a rede de cuidados continuados. A rede de cuidados continuados existe para recuperar, reabilitar e devolver qualidade de vida aos seus utentes, ultrapassando a visão inicial de que se tratava de um conjunto de espaços para acamados, ou mesmo de serviços para doentes terminais, sem prejuízo de que se continuem a prestar também aqui, até por falta de respostas públicas em número suficiente, cuidados paliativos e de suporte.

15/10/2016

Noticiar é preciso

História...que marca
06/10/2016

História...que marca

Funcionou onde hoje é o Centro de Apoio a Idosos

Boas recordações do antigo
Hospital da Misericórdia de Portimão

Apesar do escasso número de médicos e de muitas carências em equipamento, esta unidade hospitalar cumpriu as suas funções, numa época de grandes dificuldades

A Santa Casa da Misericórdia de Portimão (SCMP), à semelhança de dezenas de outras congéneres no país, tem um passado de séculos na assistência à população, em vários âmbitos e domínios. Até poucos depois do 25 de Abril, era esta instituição assistencial que geria o hospital local, denominado, então, de Hospital da Misericórdia de Portimão. A transferência da tutela da SCMP do seu novo hospital, inaugurado em 1973, para o Estado, ocorreu aquando da criação do Serviço Nacional de Saúde.
Antes de funcionar nas instalações onde hoje está o Hospital de S. Camilo e a Unidade de Cuidados Continuados Integrados da instituição e antes esteve o Hospital Distrital, o Hospital da Misericórdia esteve instalado onde hoje é o Centro de Apoio da Idosos, contíguo à Igreja do Colégio.
Naquele antigo hospital fizeram-se, de acordo com o testemunho de várias pessoas que viveram essa época, “autênticos milagres”, porque a medicina “não era o que é hoje”, os recursos tecnológicos escasseavam e, por outro lado, o número de médicos era insuficiente.
Desse tempo, saltam à memória os nomes dos médicos Manuel Bentes, um famoso cirurgião ortopedista. Asseguram pessoas que o conheceram, que “a nível da redução de fraturas, era exímio”. No final da sua longa carreira, sofria de problemas de visão, mas mesmo assim “orientava outros colegas em algumas intervenções”, salientaram as nossas fontes.
Um outro médico famoso, António Rocha da Silveira, ginecologista e obstetra, que veio muito novo para Portimão, também ali prestou serviço. Assistiu a largas centenas de partos. Viu nascer pessoas de várias gerações. Ainda hoje, quando se fala em Rocha da Silveira, muitas pessoas dizem ter sido este médico o assistente nos seus nascimentos e citam-no com grande respeito e saudade.
Naquele velhinho hospital, trabalharam ainda os médicos Trindade Mascarenhas (quer serviu muitas vezes de anestesista, quando a anestesia era feita com éter), Barata Correia, Meneres Pimentel e Eugénio Pereira, entre outros. Estes clínicos prestavam cuidados de medicina geral.
Na mesma unidade hospitalar, ainda trabalhou, quando regressou do Canadá, o cirurgião Brito da Mana. Este é, ainda nos dias de hoje, colaborador da Santa Casa da Misericórdia de Portimão, depois de uma longa e brilhante carreira no Serviço Nacional de Saúde e no setor privado. Emprestando a sua experiência e o seu saber na área cirúrgica, o Dr. Brito da Mana interpreta na perfeição o papel de consultor sénior das unidades de cuidados continuados, mantendo ainda prática clínica no ambulatório do Hospital de São Camilo.
Na área da enfermagem, recordem-se, entre outros, os enfermeiros Diogo, Baião, Bento e Amaral e os auxiliares de enfermagem Marinho, Armando e Libertário, cuja prática, por experiência, os dotou a que, muitas vezes, fossem eles a assumir as funções de enfermeiro. O auxiliar-enfermeiro Marinho ainda hoje é recordado, por ser um boémio, bem-disposto, mas cuja dedicação aos doentes era indiscutível.
Sobre o enfermeiro Diogo, que também era bombeiro e músico na banda dos soldados da paz portimonenses, conta-se que, durante uma parada frente ao antigo quartel, por estar de serviço no hospital, resolveu superar a ausência entre os músicos “tocando o clarim à janela do primeiro andar daquela unidade”, adiantou-nos Germinal Silva, que foi, já no hospital novo da Misericórdia (mais tarde Hospital Distrital e agora Parque de Saúde da SCMP), auxiliar de enfermagem e hoje trabalha para a instituição na área do economato.

02/10/2016

ALVO

Consta que o próximo chefe de gabinete do presidente da Câmara de Lagoa vai ser Alves Pinto. Lembram-se dele? A dança das cadeiras já começa, porque no próximo ano há eleições. Mas há muito mais novidades. o Alvo está atento. Até porque pela concelhia do PS de Lagoa as coisas não andam bem. Ou haverá algum 'branco, mais branco não há" que o alvo tenta encobrir o cinza? Atentos

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Portimão
8500-710PORTIMÃO

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