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O seu bairro pode influenciar o seu risco de demência.Os investigadores descobriram que viver num bairro socioeconomicam...
10/11/2025

O seu bairro pode influenciar o seu risco de demência.

Os investigadores descobriram que viver num bairro socioeconomicamente desfavorecido pode prejudicar a saúde cerebral já na meia-idade. As pessoas destas áreas apresentaram mais sinais de danos nos pequenos vasos cerebrais, lentidão no raciocínio e menor controlo de fatores de estilo de vida, como a pressão arterial, a obesidade e o sono.

As descobertas sugerem que a privação afeta o cérebro indiretamente através do stress e do acesso limitado a recursos que promovem hábitos saudáveis. Os cientistas afirmam que a redução do risco de demência exigirá o combate às desigualdades ambientais, e não apenas a promoção de mudanças de comportamento individual.

Principais Fatos

Danos nos Vasos Cerebrais: Os bairros desfavorecidos têm sido associados a danos microvasculares cerebrais que prejudicam a cognição.

Barreiras no Estilo de Vida: Os residentes enfrentaram maiores dificuldades em controlar o peso, o sono e a pressão arterial — fatores de risco importantes para a demência.

Influência Ambiental: O efeito da privação na saúde cerebral persistiu mesmo após a consideração de fatores como a escolaridade e o rendimento.

Fonte: Universidade de Cambridge

Investigadores de Cambridge descobriram porque é que viver num bairro desfavorecido pode estar ligado a um aumento do risco de demência.

Numa investigação publicada hoje, os investigadores mostram como a privação no bairro está associada a danos nos vasos sanguíneos do cérebro – o que pode afectar a cognição – e a um pior controlo dos factores de estilo de vida que, sabidamente, aumentam as probabilidades de desenvolver demência.

A demência afecta desproporcionalmente as pessoas que vivem em bairros socioeconomicamente desfavorecidos. Os indivíduos que vivem nestas áreas apresentam um maior declínio cognitivo ao longo da vida e um maior risco de demência, independentemente da sua condição socioeconómica. Estudos recentes também descobriram que a privação no bairro está ligada a diferenças na estrutura cerebral e a maiores sinais de danos no tecido cerebral.

Para explorar esta ligação mais aprofundadamente, os investigadores examinaram dados de 585 adultos saudáveis ​​com idades compreendidas entre os 40 e os 59 anos, residentes no Reino Unido e na Irlanda, que participaram no programa PREVENT-Dementia.

Os detalhes do estudo foram publicados na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association.

Entre os dados recolhidos e examinados estavam: privação no bairro de acordo com os códigos postais; desempenho cognitivo avaliado através de uma série de te**es; fatores de risco modificáveis ​​relacionados com o estilo de vida; e exames de ressonância magnética do cérebro para procurar sinais de danos nos pequenos vasos sanguíneos do cérebro, que são cruciais para fornecer oxigénio e nutrientes ao tecido cerebral.

A equipa descobriu uma forte ligação entre viver num bairro carenciado e um pior controlo dos fatores de estilo de vida que, sabidamente, aumentam as probabilidades de desenvolver demência.

Em particular, as pessoas que vivem em zonas com elevada taxa de desemprego, baixos rendimentos e/ou poucas oportunidades de educação e formação apresentaram maior probabilidade de sofrer de sono deficiente, obesidade e hipertensão, além de praticarem menos actividade física.

No entanto, as pessoas que vivem em bairros carenciados tenderam a consumir menos álcool do que as que se encontravam em bairros menos desfavorecidos. O consumo de álcool é outro fator de risco conhecido para a demência.

Os investigadores encontraram também uma ligação signif**ativa entre a cognição e a privação no bairro – particularmente habitação e ambiente precários e níveis mais elevados de criminalidade. Isto teve o maior impacto na capacidade do indivíduo de processar a informação rapidamente, na sua perceção espacial e atenção.

Uma possível explicação para isto vem da descoberta da equipa de que viver num bairro carenciado estava associado a danos nos pequenos vasos sanguíneos do cérebro, o que, por sua vez, afeta as capacidades cognitivas.

Sabe-se que os hábitos de vida modificáveis ​​contribuem para estes danos, sugerindo que o efeito da privação na função cerebral – e, portanto, no desempenho em te**es cognitivos – pode estar relacionado com o estilo de vida e a saúde vascular.

A primeira autora, Dra. Audrey Low, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Cambridge e da Clínica Mayo, no Minnesota, afirmou: “O local onde uma pessoa vive pode afetar a sua saúde cerebral já na meia-idade. Isto não acontece diretamente, mas dificulta a adoção de comportamentos saudáveis.

“Isto signif**a que as pessoas que vivem nestas áreas podem enfrentar mais desafios para ter um sono de qualidade, praticar exercício físico e controlar a pressão arterial e a obesidade. Consequentemente, isto pode afetar a saúde dos vasos sanguíneos no cérebro, levando a um declínio cognitivo”.

“Estes factores de estilo de vida são, sem dúvida, influenciados tanto pelas circunstâncias individuais como pelo ambiente externo em que vivem. Mas, mais importante, as ligações que encontrámos foram independentes do nível de escolaridade.

“Portanto, mesmo uma pessoa que tenha frequentado o ensino superior e tenha um emprego razoavelmente remunerado pode ser melhor ou pior a gerir o seu estilo de vida, dependendo do local onde vive, talvez devido a um melhor acesso a opções alimentares saudáveis ​​acessíveis e a espaços recreativos mais seguros.”

Os investigadores afirmam que as suas descobertas destacam o facto de o risco de demência ser influenciado por factores ambientais, e não apenas por comportamentos individuais, e que, portanto, reduzir o risco de demência signif**a abordar os determinantes sociais mais amplos da saúde cerebral.

O autor sénior, Professor John O’Brien, também do Departamento de Psiquiatria de Cambridge, afirmou: “Onde vive desempenha um papel importante na sua saúde cerebral e no risco de demência, colocando as pessoas que vivem em bairros carenciados em séria desvantagem.”

“Onde se vive desempenha claramente um papel importante na saúde cerebral e no risco de demência, colocando as pessoas que vivem em bairros carenciados em séria desvantagem”. “Este risco é evitável, mas o nosso trabalho mostra que não basta presumir que a responsabilidade é apenas do indivíduo. Se levarmos a sério a redução das desigualdades em saúde, será necessário o apoio dos decisores políticos locais e nacionais”.

O estudo destaca como as diferentes áreas enfrentam os seus próprios desafios e, por isso, necessitarão de abordagens diferentes, afirmam os investigadores. Em áreas mais ricas, as estratégias poderiam focar-se na redução do consumo de álcool, p.

Os bairros de baixo rendimento, por outro lado, podem beneficiar de campanhas direcionadas para a promoção de estilos de vida saudáveis ​​para a prevenção da demência.

Isto exigirá que os decisores políticos e os líderes comunitários enfrentem as barreiras sistémicas que impedem a capacidade dos indivíduos de adotarem mudanças saudáveis ​​no estilo de vida.

Isto pode incluir a melhoria do acesso a cuidados de saúde acessíveis e a opções de alimentação saudável, a redução da criminalidade e a oferta de áreas de recreio seguras para a prática de exercício.

Embora estas descobertas sejam válidas para o Reino Unido e a Irlanda, os investigadores afirmam que são necessárias mais pesquisas para determinar se se aplicam a outras culturas. Existem algumas evidências anteriores de que o oposto é verdade em certas culturas asiáticas, por exemplo.

https://neurosciencenews.com/poverty-area-dementia-29899/?fbclid=IwY2xjawN-jQlleHRuA2FlbQIxMABicmlkETFLV1dHYURXN3BoVzVoN2tBc3J0YwZhcHBfaWQQMjIyMDM5MTc4ODIwMDg5MgABHpL9VHCszAq1DskzEoT1RVid2g6bKwf300W4x0ZzrmOjlJyWu0CPlJUIHgv5_aem_SKCMVnOGaqJKQppmsrpchA

Researchers found that living in a socioeconomically deprived neighborhood can harm brain health as early as midlife.

Erros Sensoriais e Descompasso SensorialPorque é que o cérebro parece, por vezes, "desligado" — e como trazê-lo de volta...
31/10/2025

Erros Sensoriais e Descompasso Sensorial
Porque é que o cérebro parece, por vezes, "desligado" — e como trazê-lo de volta ao funcionamento normal

Quando os doentes me dizem: "Sinto que algo está errado no meu próprio corpo", estão a descrever a experiência de um erro sensorial. Quando acrescentam: "e o mundo não corresponde ao que sinto", trata-se de uma discrepância sensorial. Não se trata de defeitos de carácter ou de queixas vagas; são fenómenos mensuráveis ​​de um cérebro preditivo que tenta manter um corpo complexo em equilíbrio num mundo agitado.

A seguir, vamos analisar o signif**ado destes termos, a ciência por detrás deles, como se desenvolvem, o que corre mal em diferentes condições e — mais importante — o que podemos fazer a esse respeito.

O que é um “Erro Sensorial”?
Um erro sensorial é a diferença entre o que o seu cérebro espera sentir e o que o corpo realmente regista. Pense no cérebro como um mecanismo de previsão: prevê o próximo milésimo de segundo de visão, equilíbrio, tato, som e sinais internos. Quando a entrada real se afasta desta previsão, a diferença é um erro. O cérebro usa este erro para atualizar o seu modelo de si no mundo.

Num sistema saudável, os pequenos erros são normais e úteis; refinam o movimento, a postura e a perceção.

Num sistema desregulado, os erros são demasiado grandes, demasiado frequentes ou demasiado ambíguos, pelo que o cérebro não consegue reduzi-los de forma eficiente. Fadiga, tonturas, dor, ansiedade e “névoa mental” surgem, normalmente, de seguida.

O que é uma “Incompatibilidade Sensorial”?
Uma incompatibilidade sensorial ocorre quando dois (ou mais) fluxos sensoriais discordam sobre o mesmo evento. Os seus olhos dizem que o ambiente está parado, mas o seu sistema vestibular diz que se está a mover (navio de cruzeiro, headset de realidade virtual). Ou as suas articulações dizem que está a inclinar-se enquanto a sua visão insiste que está direito. Esta discrepância obriga o cérebro a escolher, reponderar ou fundir informações contraditórias. Se ele não consegue reconciliá-las rapidamente, sente-se desorientado, enjoado, irreal ou inseguro.

A Investigação, em Linguagem Simples
A neurociência moderna define o cérebro como um órgão preditivo e bayesiano: minimiza as surpresas comparando as previsões com os dados recebidos (erro de previsão) e reponderando as sensações de acordo com a sua precisão (confiança). Diversas linhas de investigação clássicas tornam isto concreto:

Integração multissensorial (colículo superior, córtex parietal posterior, junção temporoparietal): o cérebro funde a informação visual, auditiva, táctil, vestibular e propriocetiva quando esta concorda e separa-a quando entra em conflito.

Paradigmas de ilusão (Mão de Borracha, McGurk, conflito visual-vestibular): as discrepâncias controladas demonstram a facilidade com que o cérebro pode ser persuadido a adoptar um modelo corporal ou do mundo impreciso quando um canal é sobrecarregado.

Modelos internos do cerebelo: o cerebelo prevê as consequências sensoriais do movimento; erros grandes e persistentes levam à recalibração (como na adaptação prismática).

Reponderação vestíbulo-visual: após lesão vestibular, a recuperação bem-sucedida correlaciona-se com a reponderação flexível em direção à visão e proprioceção, seguida pela reintegração gradual das pistas vestibulares.

Interocepção e ínsula: a discrepância entre o estado corporal e a sua previsão amplif**a a ansiedade, a dor e a disautonomia.

Codif**ação preditiva na dor, enxaqueca e perturbações funcionais: quando a ameaça ou dor esperada é elevada e a precisão sensorial é baixa, o cérebro pode "explicar" a entrada ambígua como dor, tontura ou fadiga.

Desenvolvimento: Como os Sistemas Aprendem a Comunicar
Desde a infância que o cérebro se está a calibrar:

Primeiros meses: Os reflexos primitivos desaparecem à medida que a visão, a entrada vestibular e a propriocepção aprendem a alinhar-se. O cerebelo e o tronco cerebral constroem mapas temporais; o córtex parietal constrói o esquema corporal.

Primeira infância – infância: Janelas de oportunidade para os movimentos oculares, postura, marcha e coordenação óculo-manual. Os fluxos sensoriais são podados, sincronizados e recebem "pesos".

Adolescência: A integração refina-se sob carga — desporto, leitura, stress social, ecrãs, veículos — testando a flexibilidade de reponderação.

Idade adulta: A integração é robusta, mas plástica; lesões, doenças ou sobrecarga podem desajustar o sistema. Com treino, pode ser reajustado.

O que corre mal?

Erro de canal único: Um sensor está ruidoso (por exemplo, proprioceção do pescoço após uma lesão cervical). O cérebro diminui o peso deste sensor ou f**a preso a ele, levando a mapas distorcidos. Incompatibilidade multicanal: Dois ou mais sistemas discordam (por exemplo, movimento visual + vestibular estático). Se o cérebro não consegue reponderar de forma flexível, os sintomas persistem e generalizam-se.

O que acontece no cérebro durante os erros e incompatibilidades?

Cerebelo: calcula os erros de previsão de movimento e recalibra os modelos internos.

Núcleos vestibulares do tronco cerebral: resolvem conflitos visuais-vestibulares; projetam-se para centros autónomos (náuseas, frequência cardíaca).

Córtex parietal posterior e junção temporoparietal (JTP): fundem a informação sobre a perceção do corpo no espaço; incompatibilidades aqui são sentidas como inclinação, deriva ou despersonalização.

Ínsula e cíngulo anterior: rastreiam o erro interoceptivo; se amplif**ado, a experiência manifesta-se como ansiedade, palpitações e desregulação da respiração.

Redes pré-frontais: estabelecem expectativas; elevada ameaça/previsão pode "explicar" informação ambígua como dor ou tonturas.

Gânglios da base: ajustam o ganho de movimento; A instabilidade na perceção do peso corporal é sentida como início e paragem abruptas, sobrecarga ou bradicinesia.

Centros autónomos (NTS, hipotálamo): propagam esta discrepância, provocando náuseas, suores e tonturas.

Sistemas Sensoriais Envolvidos
Visão: acuidade visual, alinhamento ocular, vergência, perseguição visual, sacadas, fluxo ótico.

Vestibular: canais semicirculares (rotação), otólitos (inclinação/translação), perceção da gravidade.

Propriocepção: fusos musculares, mecanorrecetores articulares (especialmente na coluna cervical e nos pés).

Somatossensação: tacto ligeiro, vibração, dor, temperatura.

Audição: pistas espaciais, perceção temporal, intensidade (relacionadas com o equilíbrio e a atenção).

Interoceção: batimentos cardíacos, respiração, intestino, temperatura, estados hormonais.

Olfato/Gustação: contexto e acoplamento autónomo.

Cópia Eferente Motora: o que o cérebro enviou versus o que percebeu que aconteceu.

Combinações Comuns de Erros e Inconsistências (Exemplos)
Visual-Vestibular: corredores de supermercado, scroll, realidade virtual → tonturas, náuseas, confusão mental.

Propriocepção Cervical-Vestibular: lesão do pescoço + equilíbrio → inclinação, oscilação, dores de cabeça.

Visão-Propriocepção: má coordenação ocular + instabilidade nos pés → marcha desajeitada, fadiga ao ler.

Interocepção-Exterocepção: palpitações em ambiente silencioso → ansiedade, desrealização.

Motor-Sensorial (Eferência-Aferência): intenção versus sensação → ataxia, atraso, correções semelhantes a tremores.

Perceção Temporal Auditivo-Visual: ambientes ruidosos → sobrecarga, desencadeadores de enxaqueca.

Termo/Nocepção-Propriocepção: disfunção das fibras finas → sensação de queimadura ao toque ligeiro.

Condições que envolvem frequentemente erros/desfasamentos sensoriais
Perturbações pós-concussão e pós-universitárias (incluindo PPPD)

Enxaqueca (especialmente sensibilidade ao movimento visual)

Lesão cervical em chicote e vertigem cervicogénica

Disfunção da visão binocular, insuficiência de convergência

Enjoo, cinetose (enjoo cibernético)

Distúrbios neurológicos funcionais

Dor crónica, SDRC (Síndrome de Dor Regional Complexa), fibromialgia

Perturbação do espectro do autismo e diferenças no processamento sensorial

PHDA (Perturbação de Débarquement) e perturbação do desenvolvimento da coordenação

Disautonomia/POTS (desfasamento interoceptivo)

Ansiedade, despersonalização/desrealização

Neuropatias (fibras finas), desaferentação periférica

Síndromes parkinsonianas e cerebelosas (défices de recalibração)

Sintomas típicos relatados pelos doentes

“O chão parece um trampolim.”

“Os supermercados dão-me enjoo.”

“A minha cabeça está pesada; o meu corpo está leve.” “Estou aqui, mas não estou.”

Visão turva ou intermitente com movimentos da cabeça

Calor, ardor ou frio interpretados erradamente como dor

Fadiga, confusão mental, dificuldade de concentração

Ansiedade que surge com os sinais do corpo

Como os erros sensoriais se tornam persistentes

A perturbação inicial (lesão, doença, stress, sobrecarga) aumenta o erro.

As estratégias de proteção (evitação, contração, dependência visual) reduzem a exposição, mas congelam a ponderação desadaptativa.

A ameaça preditiva aumenta; o cérebro atribui uma elevada precisão à previsão e uma baixa precisão aos novos dados.

Generalização: os gatilhos propagam-se — viagens de carro → lojas → ecrãs → ambientes sociais.

O descondicionamento e a deriva autonómica amplif**am os sintomas para estímulos cada vez mais pequenos.

Avaliação: Identif**ando a Discrepância
Histórico de gatilhos (fluxo ótico, movimentos da cabeça, padrões complexos, calor/frio, esforço cardiovascular)

Te**es de movimento ocular (perseguição visual, sacadas, reflexo vestíbulo-ocular, estabilidade da fixação, vergência)

Equilíbrio e marcha em diferentes condições (olhos abertos/fechados, superfícies complacentes, movimento da cabeça)

Erro de posicionamento da articulação cervical (alvo laser, precisão de relocalização)

Acuidade visual dinâmica, impulso cefálico, sensibilidade optocinética

Tarefas interocetivas (respiração ritmada, monitorização da frequência cardíaca)

Carga cognitiva com o movimento (custo da dupla tarefa)

Te**es de reponderação sensorial (qual o canal dominante? qual o subutilizado?)

Tratamento: Como Reajustamos o Sistema
Princípios

Especificidade: treinar a discrepância exata que provoca os sintomas, na dose correta.

Exposição gradual: desafio suficiente para criar erros corrigíveis, mas não o suficiente para causar sobrecarga.

Reponderação: reduzir temporariamente um canal excessivamente dominante e amplif**ar o subutilizado, reintegrando-os de seguida.

Contexto e estado: a regulação autonómica (respiração, ritmo, sono) melhora a precisão dos sinais.

Ferramentas e Exemplos

Vestibular-Visual

Estabilização do olhar (VOR x1/x2) progredindo para fundos complexos.

Exposição optocinética com parâmetros controlados.

Movimentos de cabeça durante a marcha; seguida, adicionar alvos visuais e realizar tarefas duplas.

Dosagem gradual do fluxo ótico em VR/AR ou em ecrã.

Propriocepção Cervical

Ativação dos músculos flexores/extensores profundos do pescoço; posicionamento da omoplata.

Tarefas de precisão de reposicionamento da cabeça laser. Torção cervical com perseguição suave (conforme tolerado).

Terapias manuais e de movimento para restaurar a aferência articular.

Visão e Oculomotor

Terapia de vergência, acomodação, exercícios de perseguição/sacadas relacionados com a postura.

Trabalho de visão ambiente (consciência periférica) com equilíbrio.

Estratégias com prismas ou oclusão em casos selecionados, com plano de desmame.

Propriocepção e Pés

Exposição à textura dos pés descalços; formação com apoio curto.

Progressões de postura: firme → espuma → estreito → unipodal com movimento da cabeça.

Tarefas locomotoras com superfícies e ritmos variáveis.

Interocepção e Sistema Nervoso

Respiração em frequência ressonante; trabalho de tolerância ao CO₂.

Sustentação isométrica ou cardio ligeiro para titular a sensibilidade do barorreflexo.

Digitalização corporal com movimento (emparelhamento interocepção + exterocepção).

Sincronização Auditivo-Visual

Sincronização com metrónomo; Exercícios de sincronização audiovisual.

Exposição ao campo sonoro com controlo de intensidade e complexidade.

Mapeamento da dor e do corpo.

Imagética motora graduada, discriminação esquerda/direita, terapia com espelho.

Treino de discriminação táctil e contraste de temperatura.

Integração Cognitivo-Motora

Progressão de dupla tarefa (caminhada + recordação; equilíbrio + cálculo).

Alternância de tarefas sob fluxo ótico leve.

Âncoras de Estilo de Vida

Regularidade do sono e higiene da luz (luz do dia de manhã, penumbra à noite).

Estabilidade glicémica e hidratação para reduzir o ruído na interocepção.

Dosagem de força e resistência para melhorar a relação sinal-ruído.

Competências de gestão do stress: ritmo, limites e rituais de recuperação.

Adjuvantes (quando apropriado)

Filtros visuais temporários ou lentes coloridas para sensibilidade ao movimento.

Estimulação vestibular ruidosa ou ressonância estocástica (casos seleccionados).

Adjuvantes de neuromodulação (p. ex., tDCS/TMS) combinados com treino específico.

Suporte farmacológico para enxaqueca, distúrbios vestibulares ou disfunção autonómica grave como parte de um plano coordenado.

Uma Estrutura de Progressão Simples

Estabilize a base: respiração, sono, nutrição, ritmo diário suave.

Mapeie o erro: identifique o gatilho mais pequeno fiável.

Dose a discrepância: 3 a 8 minutos de exposição específ**a, 1 a 2 vezes por dia, sem sobrecarga.

Reajuste e realinhe: priorize os canais subutilizados (por exemplo, reduza os estímulos visuais enquanto carrega o sistema vestibular/propriocetivo) e, em seguida, reintegre a visão.

Aumente a complexidade: adicione tarefas cognitivas, velocidade e ambientes.

Generalizar para a vida: dos exercícios clínicos → casa → comunidade → desporto/trabalho.

Reveja e reajuste: recalibre semanalmente os limites e as metas.

Como se sente quando funciona
Os gatilhos tornam-se pequenos "sinalizações" em vez de ondas gigantes.

A sua postura e movimentos oculares parecem fluidos, menos "fixos".

Pode fazer compras, andar de carro, ler e navegar na internet durante mais tempo com menos esforço.

A ansiedade diminui porque os sinais do seu corpo voltam a fazer sentido.

O mundo parece estável; sente-se presente nele.

Considerações finais
Os erros e incompatibilidades sensoriais não são o inimigo; são mensagens. Num sistema resiliente, estas mensagens orientam a adaptação. Num sistema sensibilizado, tornam-se repetitivas e impactantes. O caminho a seguir não é silenciar os sentidos, mas ensiná-los a funcionar em harmonia novamente — um sinal, uma respiração, um desafio cuidadosamente doseado de cada vez.

https://drtraster.substack.com/p/sensory-errors-and-sensory-mismatch?fbclid=IwY2xjawNxZ3tleHRuA2FlbQIxMABicmlkETFaN09vd0djU3JRZjA4TGR5AR51kW17OfxyGCqZUcKnABPH3qYkC3wYCcbfrmviCWAFDHh891fV7LEDljTfaw_aem__Gz9xybxULy1Usmwvs83Ug

Why the brain sometimes feels “off”—and how to bring it back online

O sistema vestibular é um sistema sensorial responsável por fornecer ao nosso cérebro informação sobre o movimento, a po...
31/10/2025

O sistema vestibular é um sistema sensorial responsável por fornecer ao nosso cérebro informação sobre o movimento, a posição da cabeça e a orientação espacial; está também envolvido em funções motoras que nos permitem manter o equilíbrio, estabilizar a cabeça e o corpo durante o movimento e manter a postura.

Quando um abraço se torna sombrio: como os parceiros manipuladores usam o toque.O toque pode fortalecer laços e acalmar ...
24/10/2025

Quando um abraço se torna sombrio: como os parceiros manipuladores usam o toque.

O toque pode fortalecer laços e acalmar o stress, mas nem todo o afeto é sincero. Um novo estudo revela que as pessoas com traços da "tríade negra" — narcisismo, psicopatia e maquiavelismo — utilizam frequentemente o toque físico para controlar ou manipular os seus parceiros românticos.

As mulheres com estes traços eram mais propensas a usar o toque de forma manipulativa, embora não gostassem de ser tocadas, enquanto os homens ansiosos usavam o toque para se tranquilizarem. As descobertas revelam que mesmo gestos que parecem amorosos podem mascarar o controlo e a intenção egoísta.

Factos Principais:

Toque Manipulador: As pessoas com elevados níveis de narcisismo, psicopatia e maquiavelismo utilizam frequentemente o toque para controlar os seus parceiros.
Diferenças de Género: As mulheres com traços da tríade sombria resistiam ao toque, mas usavam o toque de forma manipulativa; os homens usavam o toque para se tranquilizarem.
Potencial Terapêutico: Compreender o uso indevido do toque pode orientar intervenções que promovam o afeto saudável e recíproco.
Fonte: Universidade de Binghamton

Um abraço pode acalmar a mente, reduzir o stress e, de facto, ativar a oxitocina, a "hormona do amor", no corpo. Mas uma nova investigação da Universidade Binghamton, Universidade Estadual de Nova Iorque, revela que nem todos os abraços são inofensivos – alguns parceiros usam o toque como forma de controlo.

As pessoas com traços de personalidade da "tríade negra" – narcisismo, psicopatia e maquiavelismo – são mais propensas a usar o toque para manipular os seus parceiros, de acordo com um novo artigo publicado na Current Psychology por Richard Mattson, professor de Psicologia na Universidade de Binghamton, e uma equipa de estudantes.

"A novidade no nosso trabalho não está apenas na identif**ação de usos problemáticos do toque – é na ligação destes comportamentos ao tipo de pessoa que tende a usá-los com um parceiro romântico", disse Mattson.

"Não só não se obtêm os benefícios do toque nestas relações, como o outro lado disto é que são poderosas, pelo que podem ser usadas ao serviço de si mesmo, em detrimento do parceiro na relação."

Um dos focos da ciência dos relacionamentos nos últimos anos tem sido a forma como as pessoas podem aproveitar o toque nos relacionamentos para promover a saúde geral do relacionamento. Enquanto a maioria dos psicólogos interessados ​​neste tema se concentra nos benefícios do toque, Mattson e a sua equipa queriam explorar o lado mais sombrio.

“É um tema bastante discutido na ciência dos relacionamentos, mas adotamos uma perspetiva ligeiramente diferente, referindo que nem todas as formas de toque são bem-intencionadas, mesmo que, topograf**amente, pareçam semelhantes a outros tipos de toque”, disse Mattson.

“O que estávamos a observar é o uso manipulador do toque, juntamente com a preferência do indivíduo por não ser tocado.”

A equipa investigou como os estilos específicos de vinculação e os traços de personalidade impactam a forma como as pessoas dão e recebem afeto físico nas relações íntimas.

Entrevistaram mais de 500 estudantes universitários, perguntando sobre o seu conforto geral ao serem tocados, até que ponto se esquivariam ao toque devido ao desconforto e ao seu uso do toque de formas que não são benéf**as para a outra pessoa.

Descobriram que aqueles com traços de personalidade da "tríade sombria": psicopatia, narcisismo e maquiavelismo (ou seja, astuto, manipulador) são mais propensos a usar o toque para manipular o seu parceiro numa relação.

Os resultados variaram consoante o género. Para os homens, o conforto ao ser tocado estava mais associado à insegurança na relação.

Os homens ansiosos sobre o seu estado de relacionamento eram mais propensos a usar o toque para obter segurança das suas parceiras, enquanto aqueles que se sentiam desconfortáveis ​​com a proximidade não gostavam de ser tocados, independentemente de outros traços de personalidade.

As mulheres que possuíam traços da "tríade sombria" sentiam-se mais desconfortáveis ​​quando eram tocadas, mas eram mais propensas a utilizar o toque como meio de manipulação.

As pessoas com altos níveis de traços da tríade sombria tendem a ter relações românticas de curto prazo, disse Mattson. Estão repletos de dificuldades, por vezes até de violência. No entanto, os investigadores não sabem muito sobre como estes traços se manifestam especif**amente nos relacionamentos.

“Presume-se que o cerne destes traços seja uma orientação ‘eu, primeiro, tu, segundo’”, disse Mattson.

“E estávamos a examiná-lo tal como se manifesta em algo extremamente importante para as relações, que é a forma como os indivíduos se orientam e trocam afeto através do toque. Por isso, pensámos que este poderia ser um mecanismo-chave para explicar os problemas que os indivíduos com traços da tríade sombria enfrentam nos relacionamentos”.

Mattson disse que esta informação poderia ajudar a identif**ar áreas para potencial intervenção clínica.

“O toque por si só pode ser paliativo para situações em que alguém precisa de apoio, e sabemos que isso tem efeitos positivos na saúde, mesmo que a pessoa considere o toque físico aversivo”, disse Mattson.

“Podemos potencialmente alavancar o toque nestes cenários para ter intervenções na linha da frente e baratas para aqueles que não aprenderam a usar o toque de formas saudáveis ​​e recíprocas e, em vez disso, dependem dele para controlo ou autoproteção?”

https://neurosciencenews.com/dark-triad-touch-manipulation-29838/?fbclid=IwY2xjawNoGXRleHRuA2FlbQIxMABicmlkETFaN09vd0djU3JRZjA4TGR5AR6PaQmvGXpV1Trb0gbfQAQqmP-umZ1Qv-WEWrkkjpNiCTinqjLqUxJ2JtCOrw_aem_NJuA6kxxNzjnv3baweritA

A new study reveals that people with “dark triad” traits—narcissism, psychopathy, and Machiavellianism—often use physical touch to control or manipulate their romantic partners.

24/10/2025
A organização motora hierárquica do sistema nervoso central envolve distintos níveis de controlo: o córtex pré-frontal p...
14/10/2025

A organização motora hierárquica do sistema nervoso central envolve distintos níveis de controlo: o córtex pré-frontal para o planeamento de alto nível, o córtex pré-motor e o córtex motor primário para sequenciamento e execução, os gânglios da base e o cerebelo para modulação e coordenação, e a medula espinhal para transmissão de comandos e execução de reflexos.

Esta estrutura permite movimentos voluntários complexos, com níveis mais elevados a especif**ar o objetivo e níveis mais baixos a lidar com a execução detalhada dos comandos musculares.

Eis alguns exemplos dos diferentes níveis de controlo motor:
• Associação e córtex pré-frontal: Responsável pelo nível mais elevado de planeamento. Determina a necessidade de movimento e a intenção de movimento, integrando a informação sensorial para preparar o sistema motor.
• Córtex pré-motor e área motora suplementar: Estas áreas estão envolvidas na organização da sequência de movimentos e na preparação do corpo para a ação. A área motora suplementar é crucial para a coordenação dos movimentos bilaterais.
• Córtex motor primário: Esta região é o local onde o movimento é iniciado. Contém um mapa motor do corpo e envia comandos específicos através da medula espinhal para ativar os músculos necessários para uma ação específ**a.
• Gânglios da base: Atua como modulador, selecionando e iniciando programas motores e controlando parâmetros de movimento como a velocidade, a força e a amplitude.
• Cerebelo: Desempenha um papel crítico na coordenação de movimentos, no tempo e no ajuste fino para precisão e equilíbrio. Trabalha em conjunto com os gânglios da base.
• Medula espinal: O nível mais baixo na hierarquia, que recebe sinais do cérebro e os executa através da ativação de neurónios motores que controlam músculos específicos. Contém também os circuitos neurais para os reflexos, que podem ser acionados independentemente do cérebro.

De um modo geral, o movimento é fundamental para todos os aspetos da nossa vida. Da respiração ao andar, da escrita ao franzir da testa, cada comportamento é controlado pelo sistema motor.

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Categoria

Formação

Centro Osteopático de Santa Clara presta serviços de Osteopatia, Kinesiologia Aplicada (ICAK), Functional Neurology P-DTR .

.Março 2019 P-DTR Proprioceptive Deep Tendon Reflex, Lisbon

.Fevereiro 2018 Advanced Osteopathic Structural Analysis and Treatment, Coimbra

· Setembro 2017 NET (Neuro Emotional Technique) Londres, UK