29/11/2025
Fim de ano sempre parece sobre agenda, meta, boleto, viagem, roupa do Réveillon… mas, na verdade, ele é um espelho. É como se a vida parasse na sua frente, colocasse as mãos na cintura e perguntasse: “E então, você vai continuar se traindo ou vai finalmente se alinhar com o que sabe que é para você?”
Repara: quantas vezes, este ano, a vida te mostrou sinais claros de por onde seguir? Pessoas que chegaram, oportunidades que apareceram, intuições que você sentiu no peito… e ainda assim você escolheu o caminho conhecido, mas apertado. Isso é ir para o lado oposto. Não é o “não saber”. É o saber e continuar negociando consigo mesmo. É ouvir o chamado e responder: “depois eu vejo isso”.
A ansiedade do fim do ano não vem só das contas, do cansaço ou das pendências. Ela vem do descompasso entre o que sua alma quer e o que você continua fazendo. É o atraso acumulado das decisões que você adiou o ano inteiro. Cada “eu vejo isso ano que vem” virou um tijolo em cima do seu peito.
E a paz? A paz não vem quando tudo está resolvido. A paz vem quando você começa a caminhar na direção certa, mesmo sem ter todas as respostas. Quando você dá um passo honesto rumo ao que sua vida já te pediu mil vezes: mudar, encerrar, começar, assumir, soltar.
Então, para esse final de ano, a pergunta não é:
“O que eu quero para 2025?”
A pergunta é:
👉 O que a minha vida já está me pedindo há muito tempo… e eu ainda estou fingindo que não ouvi?
Porque o próximo ciclo não começa no calendário.
Ele começa no dia em que você para de ir contra si mesmo