17/11/2025
Lembrete gentil de segunda-feira 🌱
Há momentos em que a descrença se instala de forma quase silenciosa. Não chega com ruído, mas com uma espécie de entorpecimento interno que nos faz duvidar daquilo que antes parecia óbvio, a nossa capacidade de reconstruir, de avançar, de começar de novo.
Quando a esperança se retrai, o mundo encolhe. As possibilidades tornam-se abstratas, e o futuro parece um terreno longínquo onde “recomeçar” soa a ideia demasiado grande para mãos cansadas.
E, ainda assim, é precisamente nesse território de descrença que se revelam as possibilidades que não vemos, não porque não existem, mas porque a nossa dor estreita o campo de visão.
A psicologia lembra-nos que a descrença é um estado, não uma sentença. Um reflexo momentâneo da exaustão, não uma definição do que somos capazes de fazer. É no confronto honesto com esse vazio que surge, gradualmente, a capacidade de recomeçar, primeiro como hipótese tímida, depois como possibilidade concreta, até se tornar movimento.
Recomeçar não exige euforia, exige apenas um gesto interno de disponibilidade, mesmo mínimo. Um desvio quase impercetível na forma como olhamos para nós mesmos.
E é nesse desvio que residem as grandes transformações.
Tu podes começar de novo.
Tu podes reerguer-te.
Tu podes encontrar horizontes onde hoje só vês neblina.
A descrença não é o fim, é o ponto exacto onde a mudança começa a tornar-se possível.
Se te revês nesta descrença eu posso ajudar-te,
A tua psicóloga
Vânia Magalhães 🛋️
Ers 24995| CP 26087