27/10/2025
𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗼 𝘁𝗼𝗾𝘂𝗲 é 𝗱𝗲𝗺𝗮𝗶𝘀 — 𝗼𝘂 𝗱𝗲 𝗺𝗲𝗻𝗼𝘀
Hoje, no Dia Mundial da Terapia Ocupacional, vamos dar a conhecer um termo tão falado nas sessões de Terapia Ocupacional.
O sistema tátil é o primeiro a desenvolver-se — e um dos mais importantes para o conforto, a segurança e a forma como a criança se relaciona com o mundo.
Mas quando algo não está bem integrado, o toque pode ser vivido como demasiado intenso ou confuso.
👀 O que se pode observar no dia a dia:
- Chora ou afasta-se quando alguém se aproxima ou tenta pegar ao colo.
- Evita dar a mão, abraçar ou estar em fila com os colegas.
- Reage mal ao cortar o cabelo, unhas ou ao pentear.
- Rejeita etiquetas, tecidos ou certas roupas (“só usa aquela camisola”).
- É seletiva na alimentação — evita texturas, mistura, cheiros.
- Mostra desconforto com areia, relva ou tintas.
- Pode babar-se ou evitar o toque na zona da boca.
- Às vezes faz o oposto: procura toques intensos, gosta de apertar, empurrar ou ser apertada — é a forma que o corpo encontra para se organizar.
✅ O que isto nos mostra:
O corpo da criança pode estar a interpretar o toque como ameaça — algo imprevisível, difícil de antecipar.
E quando o toque é vivido assim, o comportamento muda: a criança defende-se, reage, evita.
Não é “birra” nem “manha” — é uma tentativa de proteção.
✅ Como ajudar:
Respeitar o tempo da criança.
Evitar surpresas no toque — avisar antes, mostrar o que vai acontecer.
Permitir que explore o contacto de forma segura (massagens, tecidos, texturas).
Procurar avaliação e acompanhamento em Terapia Ocupacional, se o desconforto for frequente.
O toque pode ser ligação ou ameaça — depende de como o corpo o sente.
E compreender isso é o primeiro passo para transformar o desconforto em segurança.