29/11/2025
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgaram avanços sobre a Polilaminina, proteína da lâmina basal extraída da placenta humana, que amplia o conhecimento sobre regeneração da medula espinhal. Em estudos pré-clínicos, a substância atuou como uma "ponte biológica": estimulou crescimento de axônios, orientou a formação de conexões interrompidas e reduziu a formação de cicatrizes que normalmente impedem a recuperação pós-trauma. A equipe progrediu para aplicações experimentais em humanos. Pacientes selecionados, muitos com lesões consideradas permanentes, receberam injeções diretas de Polilaminina na área afetada e foram submetidos de imediato a ciclos intensivos de reabilitação.
A combinação produziu respostas inesperadas em alguns casos: indivíduos que não apresentavam atividade motora voluntária há anos passaram a mostrar movimentos sutis nos primeiros meses e evoluíram para recuperação parcial da mobilidade; também houve relatos de recuperação da sensibilidade tátil e térmica, sugerindo reativação de circuitos neurais anteriormente inativos. A UFRJ ressalta que a Polilaminina não é cura definitiva, mas um potente facilitador da reorganização neural, modificando o microambiente da medula para favorecer o crescimento neuronal e a restauração da condução elétrica entre células.
Estudos toxicológicos e avaliações de longo prazo não identificaram efeitos adversos significativos até o momento: pacientes monitorados não apresentaram rejeição, inflamações graves ou alterações sistêmicas relevantes. O avanço abre caminho para as próximas fases clínicas, condicionadas à aprovação dos órgãos reguladores para ampliar o número de participantes e validar o tratamento como alternativa terapêutica. Especialistas internacionais já manifestaram interesse em parcerias e ensaios multicêntricos, o que pode colocar o Brasil em destaque na neuroregeneração. O projeto conta com financiamento de agências públicas de fomento; sua continuidade depende da manutenção desses recursos e da validação formal dos protocolos.
Se os próximos passos ocorrerem conforme o previsto, o tratamento pode avançar para fases ampliadas nos próximos anos, oferecendo esperança a pessoas com paraplegia, tetraplegia e outras condições decorrentes de traumas medulares. Fontes citadas: publicações científicas da equipe da UFRJ sobre Polilaminina em periódicos de neurociência e medicina regenerativa, incluindo estudos indexados em bases como PubMed.