30/10/2025
Ontem a creche do meu artista esteve fechada, devido a uma inundação provocada pelo temporal.
Tive a sorte de poder ficar com ele em casa — o que sei que não é possível para muitas famílias.
Não vamos romantizar: precisei de desmarcar compromissos, adiei trabalho, a casa ficou num cenário quase apocalíptico e, claro, tive de me autorregular algumas vezes. 🧘🏻♀️
Ou seja, um dia normal com crianças pequenas — todos sabemos que não é preciso uma creche fechar para este cenário acontecer. Foi como encaixar um domingo numa quarta-feira. 🤪
E isto levou-me a duas reflexões que me acompanharam o dia inteiro. 💭
1️⃣ A creche e as famílias
A creche acolhe e acompanha as nossas crianças na primeira infância. Fecha um dia e é o caos, há demasiadas famílias sem resposta, sem alternativa.
E eu compreendo o transtorno.
Mas também compreendo que os serviços não são infalíveis. Há imprevistos. Reclamar ou apontar dedos não resolve — e quem lá trabalha deu o seu melhor num dia que deveria ser normal e afinal foi caótico.
Esta é mais uma lembrança de que as famílias vivem com pouco tempo e poucas soluções — e, por isso mesmo, é impossível não reconhecer o valor imenso de quem acolhe, cuida e educa as nossas crianças todos os dias.
A verdade é que o trabalho destes profissionais sustenta o dia-a-dia de muitas famílias e, muitas vezes, passa despercebido. 🌱
2️⃣ O olhar mágico das crianças.
Enquanto eu pensava no que ficou por fazer, no trabalho adiado e nas tarefas pendentes, o meu filho estava radiante: pintou, correu, dançou, pulou — tudo comigo.
E nós até temos a sorte de fazê-lo juntos todos os dias, mesmo que seja depois da creche e do trabalho. Mesmo assim, para ele, é o melhor.
Porque o que para nós, por vezes, é caos, para eles pode ser magia. 🌈
E vocês, contem-me, como é por aí quando o plano sai dos trilhos? E o que vos ensinam os pequenos nesses momentos? 🌻