Paolo Altoé - Nutrição e Otimização Metabólica

Paolo Altoé - Nutrição e Otimização Metabólica Nutrição, nutrição esportiva, exercício, metabolismo, ciclo circadiano, otimização metabólic

A textura faz parte da experiência alimentar, da palatabilidade, e afeta a regulação do apetite e saciedade. Sabe-se que...
25/10/2022

A textura faz parte da experiência alimentar, da palatabilidade, e afeta a regulação do apetite e saciedade. Sabe-se que determinados parâmetros texturais influenciam na mastigação, assim como na deglutição, devido à tais propriedades mediarem o tamanho da mordida, a quantidade de mastigações para cada mordida e o tempo do alimento submetido à exposição oral, modulando não apenas a ingestão alimentar, mas a sua forma, impactando o apetite e saciedade (2-3).
A rapidez com que as calorias passam pela cavidade oral também depende da densidade energética dos alimentos, que é outro preditor bem estabelecido do consumo calórico, conforme img 2, (4). Ainda, é válido apontar que a relação entre a velocidade da ingestão e a quantidade calórica ingerida (kcal/min) prediz com maior força a ingestão alimentar (4-5).

Neste sentido, em (6), aplicaram dois experimentos para avaliar o efeito isolado e combinado, no apetite subsequente, da:velocidade do consumo alimentar [(ER), modificado via manipulação da textura];densidade energética, tamanho da porção, tamanho da refeição [(ED), modificado via alteração kcal/g].

Sendo assim, o estudo 1 comparou as consequências da variação da textura e da densidade energética, valendo-se de:mingau pouco denso (ER 140g/min), com menor densidade energética (LE);mingau pouco denso (ER 140g/min), com maior densidade energética (HE);mingau mais denso (ER 74g/min), com menor densidade energética (LE);mingau mais denso (ER 74g/min), com maior densidade energética (HE).

E o estudo 2 contrastou os efeitos do manejo da textura e do tamanho da porção, comparando:mingau pouco denso (ER 140g/min), com porção de 700g (100%);mingau pouco denso (ER 140g/min), com porção de 1050g (150%);mingau mais denso (ER 74g/min), com porção de 700g (100%);mingau mais denso (ER 74g/min), com porção de 1050g (150%).

Os resultados dispostos na img 4 atestam que:textura atinge os aspectos mecânicos da ingestão;densidade energética determina mais o montante calórico que a textura;textura mais densa, aliada de menor DE geram efeito aditivo, reduzindo o consumo.
OBS: Para essas refeições, textura mais densa trouxe maior grau de satisfação.

A textura faz parte da experiência alimentar, da palatabilidade, e afeta a regulação do apetite e saciedade. Na imagem 2...
21/10/2022

A textura faz parte da experiência alimentar, da palatabilidade, e afeta a regulação do apetite e saciedade. Na imagem 2 (1), você pode notar que determinados parâmetros texturais influenciam na mastigação, assim como na deglutição, sendo que é sabido que o tamanho reduzido da mordida, aliado à mais mastigações para cada mordida, tal qual um maior tempo do alimento submetido à exposição oral, reduzem a ingestão alimentar (2-3).

Em (4), com a finalidade de avaliar o efeito isolado e combinado da textura alimentar (duro e macio) e do grau de processamento (minimamente e ultraprocessado) na velocidade da alimentação (g/min), na velocidade da ingestão calórica (kcal/min) e no consumo livre (medido tanto em gramas, como em kcal), 26 mulheres e 24 homens; de IMC ~21,3kg/m²; 24,4 anos, consumiram 4 almoços ad libitum, tendo 7 dias de intervalo cada, apresentando as seguintes características:macio + minimamente processado;macio + ultraprocessado;duro + minimamente processado;duro + ultraprocessado.
Na imagem 3, exibo as refeições.

Após jejum noturno de 10h, para padronização do apetite, os participantes receberam um café da manhã controlado (4h pré), além de uma bebida no meio da manhã (2h pré), antes de realizarem a refeição teste. Foi oferecido o almoço, sempre ocorrido entre 12-13h. Os indivíduos completaram um conjunto de avaliações do apetite, sendo instruídos a graduar a sua fome, saciedade, desejo de comer e ingestão prospectiva em uma escala visual analógica (VAS) de 0 (nem um pouco) a 100mm (extremamente). Em seguida, provaram o almoço para apreciar certos atributos sensoriais da refeição, nível de satisfação com a refeição e intensidade percebida do sabor (geral) e especificamente para a qualidade de salgado, de mastigabilidade, de elasticidade e firmeza, utilizando de escala 0-100mm. Posteriormente, foram instruídos a comerem até confortavelmente satisfeitos. Por fim, seguiu-se com um questionário sobre os motivos da cessação do ato de comer.

Conforme imagem 4, a textura é maior determinante do consumo que o grau de processamento.

A saciação está incluída na cascata da saciedade, sendo esta a sensação pós-prandial de plenitude que pode atingir deter...
17/10/2022

A saciação está incluída na cascata da saciedade, sendo esta a sensação pós-prandial de plenitude que pode atingir determinado grau de prazer ou de desconforto. Em termos operacionais, a saciação pode ser definida como o volume máximo tolerado de uma refeição, enquanto que a saciedade refere-se às kcal ingeridas em uma refeição ad libitum subsequente. Sendo assim, a saciação indica a sensação que ocorre durante a refeição, somada à experiência pós-prandial precoce, ao passo que a saciedade aponta para a sensação de plenitude entre as refeições, refletindo no apetite da refeição seguinte (1).

Para efeitos desta postagem, é conveniente analisar parcialmente até que ponto a textura afeta a saciação e saciedade. Vejamos:
É reconhecida a influência da textura do alimento na velocidade da alimentação, de maneira que o estado líquido > semissólido > sólido quanto ao ritmo de mastigação e deglutição, bem como tamanho da mordida, levando à uma maior ingestão. Como exemplo, em (2), 5 homens e 5 mulheres, de 22-40 anos, realizaram três refeições te**es contendo 60g de carboidratos, sendo:482g de maçãs cortadas;482g de purê de maçã;444ml de suco de maçã.
À vista disso, os participantes valeram-se de 17,2 minutos para consumirem as maçãs cortadas; 5,9 minutos para o purê e 1,5 minutos para o suco.

Em (3), foi investigado quais seriam as consequências da manipulação da viscosidade, enquanto mantém-se o gosto, composição de macronutrientes, volume e densidade energética, na ingestão ad libitum de determinados alimentos. Para tanto, os pesquisadores prepararam leite integral sabor chocolate, variando somente o tipo de amido (3,5% da composição), para que os três produtos administrados distinguissem apenas em seu estado físico, sendo líquido (leite achocolatado), semilíquido e semissólido (mousse).
As três ingestões te**es ocorreram em um cinema, a fim de evitar informações/sugestões visuais do alimento e para emular uma situação cotidiana. Durante o filme, os sujeitos foram instruídos a comer tanto quanto fosse desejado.
Na img 2, os resultados demonstram que semissólido (-39%), semilíquido (-14%), em relação ao consumo na textura líquida.

CONTINUO NA IMG 3!

A textura é a reunião de características funcionais e sensorialmente estimulatórias do alimento, em razão do seu estado ...
14/10/2022

A textura é a reunião de características funcionais e sensorialmente estimulatórias do alimento, em razão do seu estado e estrutura física, a qual manifesta propriedades que são detectadas pelos sentidos do tato, paladar, olfato e visão (principalmente toque e pressão). Pode-se compreender a textura dos alimentos mediante a apreciação da combinação dos seus atributos, como firmeza, crocância, viscosidade, elasticidade, cremosidade e espessura, sendo assim um indicador da qualidade do alimento e motivador do consumo (1-2). Neste sentido, a textura faz parte da experiência alimentar, da palatabilidade, afetando a regulação do apetite e saciedade. Na imagem 2 (1), você pode notar que determinados parâmetros texturais influenciam na mastigação, bem como na deglutição, sendo que é sabido que uma maior taxa/velocidade no consumo alimentar favorece um maior consumo, mesmo sem alterar a sensação de fome (3).

Em (4), 5 homens e 5 mulheres, de 22-40 anos, realizaram três refeições te**es contendo 60g de carboidratos (ao menos 2 dias de intervalo entre cada uma delas), sendo:482g de maçãs cortadas;482g de purê de maçã;444ml de suco de maçã.
Cada refeição teve uma adição de 150ml de água, devido à necessidade de adição de 150ml de água para o preparo do purê.
Para esses três episódios alimentares, os participantes foram instruídos a consumir a refeição de forma constante, sem parar, mas não tão rápido a ponto de causar desconforto. As refeições te**es na modalidade purê e suco foram feitas em mais uma ocasião, totalizando cinco refeições. No caso, os segundos te**es foram conduzidos com a recomendação de que o purê e o suco fossem consumidos em um ritmo mais lento, para equiparar com a taxa de consumo das maçãs.

O nível de saciedade das refeições teste foi avaliada por meio de um sistema de pontuação graduado de menos 10, para representar a sensação de fome extrema, para mais 10, retratando a saciedade extrema.
Houve coleta de sangue em jejum e nos minutos 10, 20, 30, 40, 50, 60, 75, 90, 105, 120, 150 e 180 após o início da refeição.
Na imagem 3, os resultados mostram que sólido > semi-sólido > líquido na resposta da saciedade, bem como na estabilidade da glicemia.

Até que ponto a palatabilidade (componentes sensorialmente estimulátorios do alimento, gerando uma avaliação hedônica) p...
12/10/2022

Até que ponto a palatabilidade (componentes sensorialmente estimulátorios do alimento, gerando uma avaliação hedônica) participa da saciação e da saciedade?

Na imagem 2c, apresento a relação entre intensidade do gosto e palatabilidade, conforme variou-se a concentração de sal (1). Nota-se que a palatabilidade responde da indiferença para um ponto de máxima excitação, passando para exaustão com o excesso de intensidade do gosto.
Na imagem 2b, observe que o consumo é maior com a quantidade preferida de sal, demonstrando que o prazer (reforço e saciação) é maior determinante que o gosto, no tamanho da refeição (2).

Em (3), usando glicose como saborizante, investigou-se quatro medidas psicofísicas, em quatro sessões, separadas ao menos em 1 dia, de gosto doce:limiar de detecção, limiar de reconhecimento, intensidade do gosto doce,prazer.

As quatro sessões foram padronizadas realizando a avaliação do paladar entre 7 e 10 horas da manhã, após jejum noturno. Em cada uma delas, os participantes primeiro completaram o procedimento para a aferição dos limiares de detecção e reconhecimento de glicose, seguindo com a classificação da intensidade do sabor doce e do prazer.
Na imagem 3, pode-se captar a ocorrência de uma mudança dependente da dose na relação entre a intensidade do gosto doce e o prazer, indicando que o doce é agradável em doses mais baixas, mas desapreciado em doses mais altas.

O controle dietético do estudo contou com registro alimentar de quatro dias, um questionário de frequência do consumo de alimentos doces e um questionário de apreciação de bebidas adocicadas. Verificou-se que a ingestão total de energia, bem como a ingestão absoluta de carboidratos, correlacionaram negativamente com a intensidade do gosto doce e positivamente com o prazer, conforme imagem 4.

CONCLUSÃO: Palatabilidade não é gosto, tampouco uma característica exclusiva do alimento, mas sim uma avaliação hedônica mediante as características sensorialmente estimulatórias do alimento. Em razão disso, o grau de satisfação com o alimento também é reflexo de experiências passadas/aprendidas, o que sugere que pode ser modificada.

MAIS EM POST FUTURO!

A saciedade é entendida como resultante de mecanismos que influenciam a expressão subjetiva do apetite e sua manifestaçã...
11/10/2022

A saciedade é entendida como resultante de mecanismos que influenciam a expressão subjetiva do apetite e sua manifestação no comportamento alimentar e sensações associativas. Desse modo, fazem parte da saciedade os aspectos sensoriais, cognitivos, pós ingestivos e absortivos.
Nesse sentido, a saciedade é reflexo de processos biológicos que (1):induzem ao consumo alimentar;mantém o ato de alimentar e trazem o seu fim;suprimem a motivação de se alimentar;preservam a inibição de se alimentar.

Na img 2, repare que qualquer dos elementos que integra o sistema saciedade apresenta particularidades, como ex, os aspectos sensoriais e cognitivos (2). Também é notável que a saciedade opera em continuum, onde cada elemento antecedente participa do seguinte. Outro ponto que merece atenção é que a saciedade possui uma curvatura, indicando que aumenta, para depois reduzir de intensidade.

Cabe ressaltar que a saciação está incluída na cascata da saciedade, sendo esta a sensação pós-prandial de plenitude que pode atingir determinado grau de prazer ou
de desconforto. Em termos operacionais, a saciação pode ser definida como o volume máximo tolerado de uma refeição, enquanto que a saciedade refere-se às kcal ingeridas em uma refeição ad libitum subsequente. Sendo assim, a saciação indica a sensação que ocorre durante a refeição (fator de terminação), somada à experiência pós-prandial precoce, ao passo que a saciedade aponta para a sensação de plenitude entre as refeições, refletindo no apetite da refeição seguinte (3).

Isto posto, importa avaliar até que ponto a palatabilidade (componentes sensorialmente estimulátorios do alimento, gerando uma avaliação hedônica) participa da saciação e da saciedade.
Na img 3c, apresento a relação entre intensidade do gosto e palatabilidade, conforme variou-se a concentração de sal (4). Nota-se que a palatabilidade responde da indiferença para um ponto de máxima excitação, passando para exaustão com o excesso de intensidade do gosto.
Na img 3b, observe que o consumo é maior com a quantidade preferida de sal, demonstrando que o prazer (reforço e saciação) é maior determinante que o gosto, no tamanho da refeição (5).

MAIS EM POST FUTURO

Em (1), 18 mulheres, sendo 9 consumidoras habituais do café da manhã (+ de 5 dias da semana) e 9 não consumidoras (- de ...
03/10/2022

Em (1), 18 mulheres, sendo 9 consumidoras habituais do café da manhã (+ de 5 dias da semana) e 9 não consumidoras (- de 2 dias da semana), de 25-40 anos, IMC 27-35kg/m², sem desordens alimentares, foram analisadas randomicamente, em dias distintos, em condições de fazer ou não fazer o café da manhã, quanto ao apetite, saciedade, insulina e glicemia.
No dia anterior ao teste, cada participante recebeu um jantar a ser consumido às 18-20h, contendo 35% das necessidades energéticas (55% carbos, 30% gorduras, 15% proteína). Na manhã do experimento, estabeleceu-se as medidas de base, incluindo metabolismo basal por calorimetria indireta, bem como apetite e saciedade por escala visual analógica.

Na img 2 apresento o esquema do estudo.
Refeição do café da manhã: 25% do valor calórico total. Almoço, realizado 4h após o café da manhã: 35% vct. Jantar, "ad libitum", sendo orientadas a comerem o quanto fosse adequado para sentirem-se satisfeitas.
Na img 3, os resultados. Repare que:àquelas que se omitiam regularmente do café da manhã, mas o fizeram, tiveram menor nível de insulina, glicemia e sensação de fome, com maior saciedade.àquelas que realizavam rotineiramente o café da manhã, mas não o fizeram, tiveram maior nível de insulina, glicemia e sensação de fome, com menor saciedade.

Em (2), 54 indivíduos, 19 anos, IMC ~29,7kg/m², que habitualmente omitiam o café da manhã, sucederam à seguinte randomização, de duração de 12 semanas:CON (continuaram sem fazer o café da manhã);NP (café da manhã providenciado, contendo 350kcal, 13g de proteína);HP (idem, 35g de proteína).
Composição corporal (DXA), avaliação do apetite e saciedade a cada hora acordada (questionário, dias 2-4 das semanas pré e pós intervenção) + registro alimentar de 3 dias (2 dias da semana, 1 do final de semana) ocorreram pré e pós intervenção.
Na img 4, observe que consumir café da manhã acarretou em uma redução espontânea no aporte energético, através da regulação do apetite, gerando perda de gordura.

CONCLUSÃO: Se você não faz o café da manhã, passar a fazê-lo pode ser uma forma de controlar melhor o apetite/saciedade ao longo do dia, principalmente se tal refeição for alta em proteína.

É efeito da educação nos humanizar, gerar um movimento de autoatualização, salvaguardar e desenvolver o que a natureza d...
01/10/2022

É efeito da educação nos humanizar, gerar um movimento de autoatualização, salvaguardar e desenvolver o que a natureza dispôs.
Para tanto, o processo de educação engloba a necessidade de ordenar o que é útil, atribuindo um valor essencial para aquilo que o homem é e deve ser. Deste modo,
a educação é o meio capaz de moldar o homem até a sua forma genuína e perfeita, de onde se deduz que a educação requer:ordenação da vontade;ordenação dos valores;cumprimento dos deveres/responsabilidades;desenvolvimento das virtudes;refletindo no querer, no fazer, no ir de encontro ao que é bom, belo e verdadeiro.

A maior parte das pessoas que almeja uma educação nutricional sequer apresenta uma vida ordenada. Exibe uma série de incoerências, as quais atestam
seu estado de imaturidade. Elas querem o resultado, mas não aceitam trilhar pelo processo do esforço, do afastamento da preguiça. São pessoas que escolhem A, mas não querem abrir mão de B e de C.
Apesar do meu plano possuir uma ordenação estrutural perfeita, isso de nada vale se quem o recebe é um adulto sentimentaloide, desistente, volúvel, fraco e que sucumbe à falta de amor e de autocuidado.

Para contratar meu auxílio como Nutricionista, envie mensagem por DIRECT.
Mais que uma dieta, conforme a dinâmica da reciprocidade, você será EDUCADO nutricionalmente!

O indivíduo transita da tendência motivacional para a intenção mediante:a formação da intenção (da deliberação para o pl...
27/09/2022

O indivíduo transita da tendência motivacional para a intenção mediante:a formação da intenção (da deliberação para o planejamento);iniciação da ação (um plano é intencional na medida em que opera em estado de ativação + estado de compromisso com o plano. Em outras palavras, na intenção há permanência da escolha e inibição das alternativas);avaliação da ação e dos seus efeitos, a qual modula a tendência motivacional, podendo desativar a intenção (1-2).

Embora a intenção seja um pré-requisito necessário para o comportamento direcionado ao objetivo (3), na maior parte das vezes não é suficiente para garanti-lo (4). Sendo assim, é demonstrado na psicologia social que há uma DISSONÂNCIA entre intenção e comportamento. Parte dessa discrepância reside na visão focada e reduzida ao objetivo (abstrata) e não às simples ações (concreta) (4). Outra explicação é a que falta a implementação das intenções, ou seja, deve-se não apenas pensar no quê fazer, mas realmente criar de modo ANTECIPATÓRIO sistemas/scripts/rotinas visando a atender os interesses (5).

Algo que vale expor também é que múltiplos objetivos, ou objetivos alternativos, DESVIAM o interesse do objetivo "primário", dificultando o processo como um todo, já que impedem o desenvolvimento dos meios/rotinas eficazes, além de reduzir o impacto EMOCIONAL acerca do PROGRESSO do objetivo principal (6). Provavelmente esse fenômeno ocorra em razão dos nossos recursos cognitivos serem escassos (7).

Ao contrário da ação intencional, gerada através do esforço deliberado, a ação habitual é ativada impulsivamente, mediante pistas que desencadeiam associações contexto-comportamento aprendidas. Neste sentido, importa distinguir que o hábito ou é uma forma de comportamento, ou é determinante do comportamento. Em nossa vivência, sabemos que ações habituais podem ser reprimidas, o que sugere que o hábito não causa o comportamento diretamente, mas sim um impulso que, a menos que seja frustrado, guiará a ação (8).

FINALIZO NA IMAGEM 2!

Em (1), adultos (51-63 anos), de IMC´s variados (22.2–33.4kg/m²), experimentaram duas sessões contínuas de 56h, com moni...
20/09/2022

Em (1), adultos (51-63 anos), de IMC´s variados (22.2–33.4kg/m²), experimentaram duas sessões contínuas de 56h, com monitoramento metabólico constante por calorimetria indireta. No caso, os indivíduos foram randomizados à duas condições, de mesmo aporte calórico e de mesma duração do jejum (~14h):breakfast session: café (08-09h / 700kcal), almoço (12:30-13:30 / 600kcal) e jantar (17:45-18:15 / 1000kcal);snack session: almoço (600kcal), jantar (1000kcal) e belisco (700kcal) (22-23h).
Resultados na imagem 2.

Os autores destacam que embora não tenha havido diferenças na taxa metabólica, houve uma significativa variação na oxidação dos substratos, repercutindo em maior ganho em gordura para o grupo snack, o qual em longo prazo pode ser significativo.
OBS: Situação normocalórica, sem restrição e sem excesso, 2 sessões de 56h. Controle rígido.

Em (2), investigou-se o efeito da janela alimentar reduzida sendo concentrada à parte da manhã (eTRE) ou à noite (dTRE). Para tanto, durante 8 semanas, os participantes (com sobrepeso ou obesidade, 20 a 40 anos) foram designados a um de 3 grupos, todos eles com restrição calórica de 25%, 3 refeições, sem lanchinhos adicionais:eTRE (8:00-16:00);dTRE (12:00-20:00);CR (8:00-20:00).

Ponto importante é que os sujeitos receberam um cardápio para ser realizado, mas as refeições não foram fornecidas. A adesão era verificada através do envio de fotos antes de consumirem cada uma das 3 refeições.
Após a intervenção, foi considerado dentro do protocolo os indivíduos que se mantiveram em 80-110% do que foi prescrito.

No presente estudo, não houve diferença entre os grupos para nenhum dos desfechos. Inclusive, na média, grupo dTRE (-4,8kg) reduziu mais peso que o eTRE (-4,2kg).
Limitação do estudo, ao meu ver, além da adesão, foi a diferença no timing dos protocolos. Cessar a alimentação às 20h não me parece reproduzir fielmente um modelo de alimentação noturna.
OBS: Restrição de 25%, 8 semanas. Adesão avaliada.

CONTINUO NA IMAGEM 3!

Em (1), 8 homens jovens (~25 anos), consumidores habituais do café da manhã, após acomodação (dia anterior à intervenção...
16/09/2022

Em (1), 8 homens jovens (~25 anos), consumidores habituais do café da manhã, após acomodação (dia anterior à intervenção recebendo alimentação controlada + instrução para absterem-se de cafeína e álcool) foram admitidos ao laboratório às 18:30, receberam a ceia às 19h, entraram em câmara metabólica às 22h e deitaram às 23h. Houve monitoramento constante da glicemia, bem como medição por calorimetria indireta, durante as 24h em que permaneceram na câmara e realizaram suas refeições, conforme a randomização:3 refeições, sendo café da manhã (08:00), almoço (12:00) e jantar (19:00). Cada refeição era constituída de ~750kcal, totalizando ~2190kcal;2 refeições, omitindo o café da manhã, ficando somente com o almoço e jantar. Cada refeição continha ~1100kcal, computando ~2190kcal.
Orientou-se os participantes a manterem uma rotina regular até cumprirem com as 2 aferições (com 3 refeições e com 2 refeições), as quais ocorreram com 1 semana de intervalo.
Na imagem 2, os resultados demonstram que o grupo que subtraiu o café da manhã (linha vermelha) teve maior glicemia média nas 24h, independente do gasto energético e da oxidação dos substratos, o que evidencia o papel da dessincronização circadiana, mesmo que de curto prazo.

Em (2), 5 homens e 5 mulheres, IMC ~20,5kg/m², seguiram o seguinte protocolo:dia 1: Consumiram 6 refeições padronizadas em horários predeterminados. Foram para a cama às 23h e acordaram às 06h (do dia 2);dia 2: Entrada na câmara metabólica às 17h, onde ficaram por 24h (até 17h do dia 3).
Após a entrada na câmara, testaram as condições:jantar normal (19h);jantar atrasado (22h).
Separou-se os te**es em 2 semanas para homens e em 1 mês para mulheres.
O monitoramento contínuo da glicemia pode ser visto na imagem 3, cima. Além de maior glicemia nas 24h, destaca-se que boa parte deste efeito ocorreu durante o sono, o que corrobora com os achados de que a sensibilidade à insulina no músculo (maior responsável pela captação de glicose) se encontra reduzida pela noite.

CONTINUO NA IMAGEM 4!

Há décadas confirma-se que o metabolismo não é uma entidade estática, de modo que suas oscilações acontecem em função do...
13/09/2022

Há décadas confirma-se que o metabolismo não é uma entidade estática, de modo que suas oscilações acontecem em função do momento em que algum evento ocorre. A exposição mais evidente deste fenômeno são as excursões glicêmicas, as quais variam quando os te**es são aplicados de manhã ou à tarde ou à noite (1), imagem 2.
Em (2), com o propósito de compreender os padrões diurnos de tolerância à glicose, 20 indivíduos, após período de aclimação, receberam 3 refeições isocalóricas, 33% do VCT, 50g carbo em cada:café da manhã, às 07:00;almoço, às 13:00;jantar, às 19:00.
Na imagem 3 os resultados demonstram menor variação glicêmica pós-prandial mais cedo à mais tarde. Também maior responsividade das células beta no início do dia.

Cabe salientar que quanto maior é a glicemia em jejum e o grau de resistência à insulina, MENOR é a variação temporal na resposta glicêmica (3), imagem 4 (dados colhidos a cada 30 min, após ingestão de 50g de glicose). Assim, a resistência à insulina progride em prejuízos no controle homeostático da glicemia, expandindo-se do mais tarde para o mais cedo. Sendo assim, é questionável se nesta condição seria útil distribuir a ingestão de carboidratos conforme o ciclo circadiano.

Neste sentido, em (4), mulheres obesas com síndrome metabólica foram randomizadas à:BF: café da manhã (700kcal) + almoço (500) + jantar (200);D: café da manhã (200kcal) + almoço (500) + jantar (700).
A adesão foi aferida valendo-se do registro dietético de 3 dias para cada semana + encontros bissemanais com nutricionista.
Na imagem 5, coluna C, nota-se que a área sob a curva para a glicemia e insulina foi menor para o grupo BF (teste realizado na semana 2 do estudo, o que evita sobreposição do efeito da perda de peso aqui).

Em (5), participantes DT2 foram randomizados à dieta isocalórica monitorada:
Grupo 3M: 3 refeições. Energia: 47%, 40%, 13%. Carbo: 50%, 40% e 10%;
Grupo 6M: 6 refeições. Energia: 20, 10, 25, 10, 25, 10%. Carbo: 23, 10, 23, 10, 23, 10%.
Na imagem 6 eu destaco que o grupo 3M, com 3 refeições, mais kcal e carbo mais cedo à mais tarde, reduziu o tempo em hiperglicemia, de 37% para 13%, enquanto que o grupo 6M foi de 40 para 30%.

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