“Faço bem o que faço muitas vezes, e bem…”
Aplicamos este principio diariamente na cirurgia de rotina, existindo, por isso, os grupos dedicados a patologias especificas dentro de uma mesma especialidade cirúrgica. O trocar perfurou uma víscera, laceramos a veia cava, seccionamos um uréter, o afastador lacerou o fígado... Quando a complicação surge temos de tomar decisões rápidas com gestos precisos para controlar os danos. Perdemos um tempo valioso. As complicações abdominais intraoperatórias acontecem e são transversais às diferentes especialidades cirúrgicas, como tal devemos saber abordá-las para procurar uma transição suave entre uma cirurgia de rotina e uma cirurgia de controlo de danos. Daqui nasce a inquietude de criar um espaço onde seja possível treinar o que não se pode treinar. A resolução definitiva dessas lesões pode ainda requerer recursos diferenciados, mas devem ser controladas até estes estarem disponíveis. É nesse controlo imediato que pretendemos focar-nos. Deste modo, procuramos oferecer um teatro real, multidisciplinar e controlado, em que a componente prática e “in vivo” é a prioridade. Simularemos potenciais situações em contexto de bloco operatório, de modo a desenvolver competências e a fomentar a capacidade de decisão do cirurgião em contexto de cirurgia de controlo de danos.
