09/12/2025
É tão isto que pretendemos comunicar aos pais!
Quanto menos nãos mais inseguros. Quanto mais se protege melhor se fragiliza. Quanto mais eles mandam mais saem a perder. Quanto mais egocêntricos menor auto-estima. Quanto mais se conversa menos se escuta. Quanto mais se exige mais medo do erro.
E, no entanto, os nossos filhos não podem ter sobretudo nãos. Nem não podem viver com o sentimento de que não têm quem os proteja. Nem não podem não ter voz e vontade. E têm que que ter um quanto-baste de egocentrismo. E têm todo o direito à palavra desde que com ele não deixem de escutar. E se confiamos neles mal seria que não exigíssemos, com parcimónia e sensatez.
O problema das crianças, hoje, é que os pais parecem viver a educação numa montanha russa de ou tudo ou nada. Como se existisse um manual técnico para a educação que não fosse, sobretudo, o seu sexto sentido.
Do que é que os nossos filhos precisam para crescer saudáveis?
De menos aulas e mais recreios.
De menos agitação e mais família.
De menos agenda e mais brincar.
De menos “intensidade” e de mais regras
De menos teimosia e mais humildade.
De menos casa e de mais rua.
De menos protecção e mais autonomia.
De menos ecrãs e mais palavra.
De ser menos quietos e mais sagazes.
De menos raiva e de mais garra.
De menos pais 5G e de pais mais livres para errar.
De menos escola e mais infância.